domingo, 7 de março de 2010

O ANO DO TIGRE (II)

Caros, este ano até que começou muito bem, para mim. Publiquei Letra Negra, o melhor poema que escrevi até hoje; prossigo com os treinos de Aikidô e Espada Tai Chi e com a leitura de 20 clássicos da literatura portuguesa; fiz um serviço de free-lancer na JWT, uma das maiores agências de publicidade do país, e agora estou ministrando dois cursos de literatura e criação poética, na Casa das Rosas e na Biblioteca São Paulo (confiram informações a respeito no blog do Laboratório de Criação Poética, na lista de links no lado direito da tela). Há várias novidades literárias em curso, entre livros, festivais de poesia, antologias e revistas, que contarei no momento oportuno... só para adiantar uma notícia em primeira mão: a série Caixa Preta, que organizo para a Lumme Editor, logo lançará três novos títulos, de autoria dos poetas Micheliny Verunschk, Lígia Dabul e Thiago Ponce de Moraes, aguardem! (Claro que não haverá resenha alguma na seção Rodapé da Folha de S. Paulo, pois não somos da panelinha da Inimigo Rumor, mas isso não tem importância: o tempo, o maior dos críticos literários, fará as suas escolhas, e ele não privilegia amigos, não persegue inimigos nem pode ser subornado com elogios, publicações, viagens ou prêmios literários). Também estou preparando a segunda edição de A Sombra do Leopardo, que saiu em 2001, além de traduzir o Poeta em Nova York, de Federico Garcia Lorca, editar a Zunái e várias outras coisas... às vezes, nem eu sei como consigo fazer tudo isso ao mesmo tempo... e ainda conseguir assistir aos filmes de Bergman e Pasolini no DVD, ler poemas de Mário de Sá Carneiro e fugir, vez ou outra, para comer um bom prato de sashimis! É verdade que nem tudo são flores: aconteceram algumas decepções (a dor é inseparável do samsara), as dificuldades financeiras continuam, e não são poucas; mas estou me sentindo forte, confiante, seguro, o que já é meio caminho andado...

Há braços,

CD

5 comentários:

  1. Com garfo e faca, aguardo o novo de Micheliny. Seu Letra Negra, o descobri no Cronópios, e me estou deliciando com sua estrutura maravilhosa. Seus desafios são muitos, mas sua serenidade tem sido sua égide. Certamente, se eu estivesse em São Paulo, seria um de seus alunos, mas, com estou a quilômetros, o que posso é convidá-lo a visitar meu blog. Quanto à tradução de Garcia Lorca, você se dará muito bem, pois a escolha de Poeta em Nova Iorque é favorável. Li, uma tradução, há uns bons anos, e ainda guardo em mim o essencial de deslumbramento de poemas como a belíssima "Ode a Walt Whitman". Um forte abraço!

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  2. Hilton7.3.10

    Fico feliz por você! Seu talento e amor pela poesia merece sempre o entusiasmo da vida! Um abraço.

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  3. Claudio, é verdade, a dor existe... Mas fico feliz de ver que não te impede nem de valorizar as conquistas nem de ter força e confiança...
    Beijo!

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  4. Claudia, não sinto inveja nenhuma dos poetas medíocres da Inimigo Rumor; tenho inveja de Ezra Pound, Cummings e Maiakovski. Minha crítica está no fato de eles imporem um monopólio na crítica literária, favorecendo os autores do grupo e silenciando sobre os autores que não pertencem a essa panela, além de distribuírem entre si prêmios como o da Petrobrás, em que jurados ligados à Inimigo Rumor premiam poetas da Inimigo Rumor, entre outros exemplos. Esse monopólio é extremamente autoritário e não contribui em nada para a divulgação da diversidade de nossa poesia, que vai muito além dos patinhos de banheira de Angélica Freitas e similares.

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