Tem um, "raro", do sensei molecão ainda, na alquimia das técnicas. Uma cara entre proletário japonês e nerd de perifiria, sei lá: http://www.youtube.com/watch?v=G0b6pvwYbUM
E esse aqui, em que alguns corajosos resolveram entrar na briga de galo a fim de se testarem:
Caro, desde sua origem, Morihei Ueshiba definiu o Aikidô como arte não-competitiva; há demonstrações públicas de técnicas, mas não lutas, do tipo vale-tudo... porque, segundo o Sensei, a competição é um exercício de ego, em que se procura derrotar e humilhar o outro, enquanto o espírito do budô é outro, o de integração, respeito e cooperação com o parceiro de treinamento e de aperfeiçoamento do espírito através da arte marcial. Infelizmente, há uma escola que se designa "Aikidô de competição" que participa de eventos assim, mas isso nada tem a ver com o verdadeiro budô... Claro que a arte pode ser usada como luta, em último recurso, mas até em sua aplicação de defesa o princípio básico é causar o mínimo sofrimento possível ao outro: acabar a briga logo, sem causar danos sérios. Isso difere o Aikidô de todas as outras artes marciais tradicionais. Ah braço,
Eu pratico Ninpo. Também não temos competição, praticamente pelos mesmos motivos. Odiamos o vale-tudo (onde não vale-tudo, na verdade). O vale-tudo é uma farsa, além de tudo (nem tudo).
O segundo vídeo é mais um desabafo: "tá vendo, falei que isso funciona de verdade!" O que é (deveria) desnecessário para o verdadeiro praticante. Até porque o vale-tudo é tudo, menos de verdade.
Eu aprecio muito o Aikido. Por enquanto, estou só no Ninpo por falta de grana pra pagar a mensalidade mesmo, bem isso. Mas logo que sobrar...
Caro, não conheço o Ninpo, vou checar. Realmente, tais campeonatos prestam um imenso desserviço à imagem das artes marciais. Jigoro Kano (fundador do judô), Funakoshi (pai do karatê moderno) e Morihei Ueschiba (criador do Aikidô) buscaram justamente o contrário de tais espetáculos circenses: queriam fazer do budô um veículo para o aprimoramento ético e espiritual, conforme os ensinamentos filosóficos do budismo, do taoísmo e do xintoísmo. O caminho do guerreiro inclui o combate externo, mas o principal é o combate interno: lutarmos contra nosso medo, nossa raiva, nossa inveja, nosso ciúme, nossp apego e outros adversários implacáveis. Abraço do
... é verdade, com os De Rose da vida, o Hatha Yoga degenerou numa ginástica que nada tem a ver com a filosofia indiana... é uma pena que tanta gente caia na conversa desse cara... beso,
... Marceli, pois é, o De Rose confunde Tantra com prática sexual, mas são coisas bem diferentes... as pinturas e esculturas tântricas representam deuses e budas em atos sexuais, mas são metáforas da união entre a alma e Deus, ou entre Deus e a energia material (no caso do Hinduísmo) ou da união entre a Sabedoria e a Compaixão (no caso do Budismo). O tantrismo decadente indiano deu origem a práticas ióguicas para prolongar o tempo do gozo, por exemplo, mas isso nada tem a ver com o Tantra original, que é um caminho de meditação que utiliza visualizações, mantras, mudras etc. O que o De Rose faz é utilizar essa tradição para justificar a sacanagem pura e simples (rssss), publicar ensaios fotográficos com alunas e professoras de seu instituto peladas e coisas do gênero... e muita gente acredita que isso é yoga, mãe do céu... beso,
Poeta. Tradutor. Ensaísta. Magro. Casado, Irônico. Doutor em Literatura Portuguesa pela Universidade de São Paulo (USP). Curador de Literatura e Poesia no Centro Cultural São Paulo entre 2010 e 2014. Colunista da revista CULT entre 2013 e 2015. Editor da Zunái, Revista de Poesia e Debates. Praticante de artes marciais japonesas -- Kenjutsu, Bojutsu e Karatê.
Publiquei os livros de poesia Sutra (1992), Yumê (1999), A sombra do leopardo (2001), Figuras Metálicas (2005), Fera Bifronte (2009), Letra Negra (2010), Cores para cegos (2012) e o livro de contos Romanceiro de Dona Virgo (2004). Como tradutor, publiquei a antologia Jardim de camaleões, a poesia neobarroca na América Latina (2004), entre outros títulos. Em Portugal, publiquei a antologia poética pessoal Escrito em Osso. Ministra aulas à distância, via internet, no Laboratório de Criação Poética.
Tem um, "raro", do sensei molecão ainda, na alquimia das técnicas. Uma cara entre proletário japonês e nerd de perifiria, sei lá:
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=G0b6pvwYbUM
E esse aqui, em que alguns corajosos resolveram entrar na briga de galo a fim de se testarem:
http://www.youtube.com/watch?v=qxm09n5lIMk
Caro, desde sua origem, Morihei Ueshiba definiu o Aikidô como arte não-competitiva; há demonstrações públicas de técnicas, mas não lutas, do tipo vale-tudo... porque, segundo o Sensei, a competição é um exercício de ego, em que se procura derrotar e humilhar o outro, enquanto o espírito do budô é outro, o de integração, respeito e cooperação com o parceiro de treinamento e de aperfeiçoamento do espírito através da arte marcial. Infelizmente, há uma escola que se designa "Aikidô de competição" que participa de eventos assim, mas isso nada tem a ver com o verdadeiro budô... Claro que a arte pode ser usada como luta, em último recurso, mas até em sua aplicação de defesa o princípio básico é causar o mínimo sofrimento possível ao outro: acabar a briga logo, sem causar danos sérios. Isso difere o Aikidô de todas as outras artes marciais tradicionais. Ah braço,
ResponderExcluirCD
Eu pratico Ninpo. Também não temos competição, praticamente pelos mesmos motivos. Odiamos o vale-tudo (onde não vale-tudo, na verdade). O vale-tudo é uma farsa, além de tudo (nem tudo).
ResponderExcluirO segundo vídeo é mais um desabafo: "tá vendo, falei que isso funciona de verdade!" O que é (deveria) desnecessário para o verdadeiro praticante. Até porque o vale-tudo é tudo, menos de verdade.
Eu aprecio muito o Aikido. Por enquanto, estou só no Ninpo por falta de grana pra pagar a mensalidade mesmo, bem isso. Mas logo que sobrar...
Abraço.
Caro, não conheço o Ninpo, vou checar. Realmente, tais campeonatos prestam um imenso desserviço à imagem das artes marciais. Jigoro Kano (fundador do judô), Funakoshi (pai do karatê moderno) e Morihei Ueschiba (criador do Aikidô) buscaram justamente o contrário de tais espetáculos circenses: queriam fazer do budô um veículo para o aprimoramento ético e espiritual, conforme os ensinamentos filosóficos do budismo, do taoísmo e do xintoísmo. O caminho do guerreiro inclui o combate externo, mas o principal é o combate interno: lutarmos contra nosso medo, nossa raiva, nossa inveja, nosso ciúme, nossp apego e outros adversários implacáveis. Abraço do
ResponderExcluirClaudio
Mas não vamos muito longe... Olha só o hatha yoga: não são poucos os que o praticam só por causa do quesito 'estética'...
ResponderExcluirMassa o vídeo! Como ele fazzzz??? :-D!
... é verdade, com os De Rose da vida, o Hatha Yoga degenerou numa ginástica que nada tem a ver com a filosofia indiana... é uma pena que tanta gente caia na conversa desse cara... beso,
ResponderExcluirCD
Hauhsuahs, o De Rose só aceita no negócio dele gurias de mais de 1.70, corpinho sarado, peitão... Huahsuahsauh, é uma piada.
ResponderExcluir... Marceli, pois é, o De Rose confunde Tantra com prática sexual, mas são coisas bem diferentes... as pinturas e esculturas tântricas representam deuses e budas em atos sexuais, mas são metáforas da união entre a alma e Deus, ou entre Deus e a energia material (no caso do Hinduísmo) ou da união entre a Sabedoria e a Compaixão (no caso do Budismo). O tantrismo decadente indiano deu origem a práticas ióguicas para prolongar o tempo do gozo, por exemplo, mas isso nada tem a ver com o Tantra original, que é um caminho de meditação que utiliza visualizações, mantras, mudras etc. O que o De Rose faz é utilizar essa tradição para justificar a sacanagem pura e simples (rssss), publicar ensaios fotográficos com alunas e professoras de seu instituto peladas e coisas do gênero... e muita gente acredita que isso é yoga, mãe do céu... beso,
ResponderExcluirCD