terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
DOIS POEMAS DE MARCELA CIVIDANES
RITMO DA AUSÊNCIA
Verdes janelas saltam horizontes
arejando o abstrato
com planos jazzísticos.
Feixes de sons
se entrelaçam
na luz branca
repercutida de faces.
A mente em tumulto,
caminho no ritmo
das cores ausentes
para relaxar a dor.
ESTRANGEIRA
Seu caos me transforma corpo adentro;
ouço os gritos do meu silêncio,
reinvento todos os caminhos
e sigo, inesgotavelmente,
lua que acolhe todos os ventos.
Inunda-me incandescente,
sou estrangeira em meu próprio mar
— à beira dos sentidos, de um só sentido
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