sábado, 28 de agosto de 2010

UM POEMA DE MURILO MENDES

GRAFITO A VLADIMIR MAIAKOVSKI

Um cosmonauta cantando dá volta ao cosmo
enquanto eu desfaço a barba.

Constrói-se a décima musa
economia dirigida Unatotal
que deverá mover o homem novo

Planifica-se nos laboratórios
a futura direção dos ventos
extraí-se energia das algas
opera-se o sol

Eletrifica-se a eternidade
reversível

Entretanto

O PLANETA NÃO ESTÁ MADURO
PARA A ALEGRIA.

3 comentários:

  1. Do livro Convergência, incluído na edição da Poesia Completa de Murilo, publicada pela Nova Aguilar.

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  2. Maravilhoso! Obrigado pelo poema.

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  3. Quem bom chegar ao seu blog, Claudio, e encontrar Murilo Mendes na recepção!

    Acho que farei passeios muito prazerosos por aqui.

    Bjs

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