por Arthur Rimbaud e Paul Verlaine
Paul Verlaine fecit
Franzido e escuro como um cravo violeta,
Ele suspira humilde, oculto sob a espuma
Ainda úmida do amor que escorre numa
Esfera glútea até que ao fundo se intrometa.
Alguns filetes, feito lágrimas de leite,
Choraram sob o irado austro que os arrasta
Pelos calhaus de marga vermelhosa e gasta,
Para sumirem na voragem do deleite.
Arthur Rimbaud invenit
Amiúde acoplo a minha boca na ventosa
Minha alma, da corpórea cópula invejosa,
Fez ninho de soluços no bueiro rubro
É o tubo de onde desce a ambrósia do delubro
É flauta carinhosa, é intumescida oliva
É fêmeo Canaã que eclode na saliva.
Tradução: André Vallias
Nota do tradutor: poema em forma de paródia a um livro de Albert Mérat, intitulado O Ídolo, onde se detalham todas as belezas de uma dama: soneto da face, soneto dos olhos, soneto das nádegas, soneto do... último soneto.
Paul Verlaine fecit
Franzido e escuro como um cravo violeta,
Ele suspira humilde, oculto sob a espuma
Ainda úmida do amor que escorre numa
Esfera glútea até que ao fundo se intrometa.
Alguns filetes, feito lágrimas de leite,
Choraram sob o irado austro que os arrasta
Pelos calhaus de marga vermelhosa e gasta,
Para sumirem na voragem do deleite.
Arthur Rimbaud invenit
Amiúde acoplo a minha boca na ventosa
Minha alma, da corpórea cópula invejosa,
Fez ninho de soluços no bueiro rubro
É o tubo de onde desce a ambrósia do delubro
É flauta carinhosa, é intumescida oliva
É fêmeo Canaã que eclode na saliva.
Tradução: André Vallias
Nota do tradutor: poema em forma de paródia a um livro de Albert Mérat, intitulado O Ídolo, onde se detalham todas as belezas de uma dama: soneto da face, soneto dos olhos, soneto das nádegas, soneto do... último soneto.
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