terça-feira, 17 de agosto de 2010

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Caros, li a seguinte notícia no jornal Folha de S. Paulo (14 de agosto, caderno Folha Ilustrada):

“As diretorias dos sindicatos dos jornalistas e dos radialistas de SP lançaram na quinta à noite, em reunião de que participaram cem pessoas, o movimento ‘Salve a Rádio e a TV Cultura’. É a primeira tentativa de reação às mudanças que João Sayad, presidente da Fundação Padre Anchieta (mantenedora da TV Cultura), pretende implantar. Sayad já anunciou o término do programa ‘Manos e minas’ e do ‘Login’, focados em jovens. Para a diretora do sindicato dos jornalistas, Rose Nogueira, o movimento ‘não visa apenas defender o emprego dos funcionários da emissora, ameaçados de demissão em massa, mas também defender um patrimônio cultural do povo paulista’. Sayad assegurou anteontem a representantes dos radialistas e dos jornalistas que não tem a intenção de demitir 1.400 funcionários, como chegou a ser veiculado. Segundo o presidente da Fundação Padre Anchieta, as dispensas devem atingir no máximo 450 trabalhadores responsáveis pela realização de programas que a Cultura prepara para veiculação na TV Justiça e TV Assembléia, entre outros (...). Aos sindicalistas, Sayad disse que essas demissões devem acontecer até dezembro deste ano”. Ou seja, as demissões vão ocorrer após as eleições estaduais. Mera coincidência, não é? Continuando a matéria, diz José Augusto de Oliveira Camargo, presidente do sindicato dos jornalistas: “Temos que discutir o que deve ser uma TV pública. O Sayad já disse que quer fechar várias unidades de produção de programas e passar a comprar conteúdos de produtoras independentes. Para isso não precisa uma TV Cultura. Basta uma antena”.

7 comentários:

  1. Isso é muito triste. Meu filho e inúmeras crianças assistem essa TV. Nesse país talvez a única possibilidade de programas de qualidade em uma TV pública...

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  2. Caro Hilton, o problema é que o PSDB de Serra e Alckmin impõe a "lógica de mercado" à gestão pública, reduzindo investimentos em áreas como educação, saúde e cultura. O governo estadual prefere privatizar, terceirizar ou contratar organizações sociais do que assumir a sua plena responsabilidade nessas áreas e fazer os investimentos necessários para oferecer bons serviços públicos à população. Eles querem que o Estado seja administrado como se fosse uma empresa privada, que tem como objetivo o lucro. Estado não é para ter lucro, é para servir à população.

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  3. Meu amigo, e esse cara pode virar presidente...Sou professor (do Estado) e posso lhe dizer que tem gente da diretoria de ensino que chama as escolas públicas de "empresa". "O professor deve entender que a escola é uma empresa". Maldição!

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  4. Caro, se até a Folha de S. Paulo reconheceu que a Dilma está na frente e pode vencer Serra no primeiro turno, acho que serramos o PSDB no planalto (rsss)... sobre essa "visão de mercado" é algo realmente trágico: em hospitais, o setor de enfermagem, por exemplo, é chamado "unidade de negócios"... a gerente de enfermagem de um grande hospital de São Paulo tem dissertação de mestrado sobre o tema "Como aumentar a rentabilidade da empresa". O paciente é cliente, a saúde é mercadoria. Caralho!

    Abraço,

    CD

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  5. Anônimo18.8.10

    O Estado matou Piva!

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  6. Matou, como? Piva foi boicotado a vida inteira pela imprensa, pelas grandes editoras, livrarias, ou seja, pelo mercado. No final da vida, com a doença em estado avançado, foi internado num dos melhores hospitais do país e recebeu o tratamento adequado. Infelizmente, não há remédio contra a morte. Peço àqueles que postarem comentários aqui que assinem as suas mensagens, não há motivos para anonimato.

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  7. Veja meu amigo, essa é a visão economicista que predomina em nosso país. Quando o assunto é educação e cultura, tem sempre um maldito economista dando opinião! Precisamos de uma perspectiva humanista!

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