Somos dementes como a fera —
esqueléticas figuras musicais
que se entreespelham.
Ruídos ásperos
perseguem o tempo;
somos apenas figuras rotas,
moídas pelo medo.
* * *
Com a brutalidade
de uma caveira cantante.
Com um morto em cada linha,
e uma rosa para cada morto,
ela pergunta aos seus lagartos:
o que existe além da pele?
Mistério algum além da verde céspede numerável até o infinito.
(Esboços imaturos para um futuro poema)
terça-feira, 22 de junho de 2010
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Um esboço bem fiel da criação.
ResponderExcluirAbraços.
Lara, é apenas um esboço, um fragmento de um poema longo que me dará muuuuuito trabalho...
ResponderExcluirbeso,
Cld.
E a fera volta... Que sina, hein!
ResponderExcluirClaudio, acho céspede é uma palavra tão bonita e de uso tão raro... Este último verso, nossa, que força. Abçs.
ResponderExcluirNydia, grato pelo comentário! Mar, é verdade, répteis, anfíbios e seres rastejantes em geral aparecem muito em meus poemas, não sei por quê... há besos,
ResponderExcluirCD