É interessante, pois ele lançou 14 livros antes e nenhum foi premiado, bastou trocar de editora e o prêmio veio, coincidência? Será coincidência dos 10 finalistas todos estão em apenas 4 editoras? Sempre as mesmas editoras...
Fabiano, o Armando é um dos melhores poetas brasileiros. Leia Fio Terra, O Duplo Cego, Raromar, e sobretudo Máquina de Escrever, que reúne quase toda a sua obra, desenvolvida em mais de 30 anos de trabalho. Foi uma premiação mais do que merecida. E ele concorreu com outros poetas que contam com lobby na universidade e na mídia e com forte apelo publicitário.
Há influência de algumas editoras e de certas panelinhas literárias nos concursos? Claro que sim, basta ver os prêmios da Petrobrás, que sempre vão para autores ligados à revista Inimigo Rumor. A Companhia das Letras, a 7 Letras, a Cosac & Naif e outras têm influência sim. Mas nem sempre é o lobby que determina o resultado do jogo: por isso mesmo, quando um poeta da estatura de Armando recebe um prêmio como esse, pelo valor do conjunto de sua obra, temos de comemorar, é uma vitória da literatura sobre o lobby.
Claudio, concordo com você, sei da importância do Armando, particularmente, gosto muito de seus poemas, tenho o Máquina de escrever. Talvez não tenha sido muito claro em meu comentário, o que questionei era: O máquina de escrever já merecia ser premiado, além de alguns outros livros que o compõem, mas por que só agora? Seria Lar um livro muito acima dos demais, que já eram ótimos? Ou seria a nova editora acima das demais? Um abraço,
Claudio Daniel é poeta, romancista, crítico literário e professor de literatura. Nasceu em 1962, na cidade de São Paulo (SP). Cursou o mestrado e o doutorado em Literatura Portuguesa na Universidade de São Paulo (USP). Realizou o pós-doutoramento em Teoria Literária pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É praticante de artes marciais japonesas -- Kenjutsu (a arte da espada samurai), Bojutsu (a arte do bastão longo) e Karatê.Foi diretor adjunto da Casa das Rosas, Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, curador de Literatura no Centro Cultural São Paulo e colunista da revista CULT. Atualmente, Claudio Daniel é editor da revista impressa GROU Cultura e Arte e ministra aulas online de criação literária no Laboratório de Criação Poética. Publicou diversos livros de poesia, ensaio e ficção, entre eles Cadernos bestiais: breviário da tragédia brasileira, Portão 7, Marabô Obatalá, Sete olhos e outros poemas e Dialeto açafrão (sob a lua de Gaza), todos de poesia, o livro de contos Romanceiro de Dona Virgo e os romances Mojubá e A casa das encantadas.
É interessante, pois ele lançou 14 livros antes e nenhum foi premiado, bastou trocar de editora e o prêmio veio, coincidência? Será coincidência dos 10 finalistas todos estão em apenas 4 editoras? Sempre as mesmas editoras...
ResponderExcluirFabiano, o Armando é um dos melhores poetas brasileiros. Leia Fio Terra, O Duplo Cego, Raromar, e sobretudo Máquina de Escrever, que reúne quase toda a sua obra, desenvolvida em mais de 30 anos de trabalho. Foi uma premiação mais do que merecida. E ele concorreu com outros poetas que contam com lobby na universidade e na mídia e com forte apelo publicitário.
ResponderExcluirHá influência de algumas editoras e de certas panelinhas literárias nos concursos? Claro que sim, basta ver os prêmios da Petrobrás, que sempre vão para autores ligados à revista Inimigo Rumor. A Companhia das Letras, a 7 Letras, a Cosac & Naif e outras têm influência sim. Mas nem sempre é o lobby que determina o resultado do jogo: por isso mesmo, quando um poeta da estatura de Armando recebe um prêmio como esse, pelo valor do conjunto de sua obra, temos de comemorar, é uma vitória da literatura sobre o lobby.
ResponderExcluirClaudio, concordo com você, sei da importância do Armando, particularmente, gosto muito de seus poemas, tenho o Máquina de escrever. Talvez não tenha sido muito claro em meu comentário, o que questionei era: O máquina de escrever já merecia ser premiado, além de alguns outros livros que o compõem, mas por que só agora? Seria Lar um livro muito acima dos demais, que já eram ótimos? Ou seria a nova editora acima das demais?
ResponderExcluirUm abraço,
O Jabuti virou uma palhaçada... Chico melhor ficção?
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