sexta-feira, 5 de julho de 2013

MUDA BRASIL -- COM DILMA, PELA DEMOCRACIA E PELA TRANSFORMAÇÃO SOCIAL DO BRASIL


O Brasil quer mudanças!

Milhões de brasileiros foram às ruas por mais verbas para a educação, a saúde, transporte de qualidade e com tarifas reduzidas. São reivindicações justas, atendidas de imediato por nossa presidenta, Dilma Rousseff, que enviou um decreto, aprovado pelo Congresso Nacional, que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde, além de convocar os governadores e prefeitos das capitais para discutir as tarifas e a melhoria do transporte público para os brasileiros. O Movimento Passe Livre foi convidado a participar de reuniões no Palácio do Planalto e em diversas cidades do país a tarifa do ônibus e do metrô foi reduzida. A reforma política, outra exigência dos movimentos sociais, também foi atendida pela presidenta, que discute com lideranças partidárias a forma como ela será realizada, sendo o plebiscito a forma mais democrática, pois o povo pode opinar ANTES de as decisões serem tomadas. Estas são importantes conquistas da juventude e da classe trabalhadora brasileira.

Infelizmente, as mobilizações mais recentes passaram a ser organizadas e pautadas por grupos conservadores, que representam setores como o capital financeiro e a chamada grande imprensa, em especial a Rede Globo, a revista VEJA e os jornais O Estado de S. Paulo e a Folha de S. Paulo, que desejam desestabilizar o governo federal, ameaçando a democracia representativa e acenando com a volta da ditadura militar. Estes setores já manifestaram nas ruas o seu autoritarismo, queimando bandeiras de partidos de esquerda e do Movimento Negro Unificado e agredindo sindicalistas da Central Única dos Trabalhadores, gritando slogans como “fim dos partidos políticos”, o que equivale ao fim do sistema democrático.  O que estes setores – Revoltados On Line, OCC, integralistas, neonazistas, DEM, PSDB, entre outros, com amplo apoio da mídia – realmente querem destruir, juntamente com a democracia, são as inegáveis conquistas sociais dos últimos dez anos de governos progressistas, que tiraram 40 milhões de brasileiros da situação de miséria.

O Brasil avançou muito com Lula e Dilma, em todos os campos – temos hoje 5,5% de desemprego, contra 26% na Espanha, a inflação está sob controle, foram criadas 12 novas universidades federais, com programas de inclusão como o ProUni e a política de cotas no ensino superior, a segurança alimentar das camadas mais pobres da população foi garantida com o Bolsa-Família, houve redução dos juros bancários, das contas de gás e luz, a extensão da energia elétrica a municípios que não tinham esse benefício, entre muitos outros benefícios.

O Brasil de Lula e Dilma disse NÃO à ALCA de George W. Bush, que levaria à desnacionalização e desindustrialização de nossa economia, interrompeu as privatizações criminosas de Fernando Collor e FHC, fortaleceu o Mercosul, a Unasul e outros organismos de integração e cooperação regional na América Latina.

O Brasil adotou uma nova política externa, que deixou de ser subserviente ao imperialismo, como na era FHC, reconhecendo o Estado da Palestina na ONU, condenando a agressão contra a Líbia, ampliando o comércio e as relações bilaterais com Cuba e outros países socialistas.

O Brasil hoje faz parte de uma nova América Latina, ao lado da Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina, Uruguai, Cuba e Nicarágua, uma América Latina que recusa ser quintal dos Estados Unidos e da Europa, como foi por tantos séculos. É isso o que a direita demotucana brasileira quer destruir, se necessário repetindo os trágicos acontecimentos de 1964, em que os mesmos setores se uniram contra o governo progressista de João Goulart.

Frente a essa situação, precisamos defender a democracia, a legalidade, a normalidade constitucional, contra as aventuras golpistas.

É preciso defender o mandato popular de Dilma Rousseff, eleita democraticamente pelo povo brasileiro, e marcharmos juntos com as centrais sindicais, entidades estudantis e populares, partidos operários e progressistas, pela transformação social do Brasil!

Queremos a reforma agrária, a redução da jornada de trabalho sem redução dos salários, a regulamentação da mídia, a revisão das concessões das reservas de pré-sal e várias outras reivindicações apresentadas pelas centrais sindicais brasileiras, que farão uma paralisação nacional unificada no dia 11 de julho.


Vamos todos às ruas – com Dilma, pela democracia e pela transformação social do Brasil!  

3 comentários:

  1. Caro Claudio Daniel, acho que sua leitura é muito boa do momento político atual, salientando o perigo de uma onda conservadora de matizes fascistas crescendo em meio aos movimentos massivos. Marilena Chauí também tem insistido na conscientização de classe como possibilidade de criar um sentido positivo para esses movimentos de massa (o conceito de massa existe na medida em que se nega o conceito de classe). Só acho que o PT não é o porta-voz da revolução possível. O Lulismo se construiu na medida em que pactuou com as elites (peemedebismo). Note que a Constituinte Exclusiva proposta por Dilma foi sumariamente rejeitada pela base comandada por Temer. Agora o PMDB quer adiar a Reforma Política para 2016. Eu estou com Dilma contra os de ultra-direita. Mas não estou com o PT enquanto o partido não for de encontro às mudanças estruturais em um momento que exige radicalização. Em minha opinião, Tarso Genro está fazendo a melhor autocrítica do partido nesse momento em que o povo decidiu participar da política no Brasil.

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  2. Caro Claudio Daniel, acho que sua leitura é muito boa do momento político atual, salientando o perigo de uma onda conservadora de matizes fascistas crescendo em meio aos movimentos massivos. Marilena Chauí também tem insistido na conscientização de classe como possibilidade de criar um sentido positivo para esses movimentos de massa (o conceito de massa existe na medida em que se nega o conceito de classe). Só acho que o PT não é o porta-voz da revolução possível. O Lulismo se construiu na medida em que pactuou com as elites (peemedebismo). Note que a Constituinte Exclusiva proposta por Dilma foi sumariamente rejeitada pela base comandada por Temer. Agora o PMDB quer adiar a Reforma Política para 2016. Eu estou com Dilma contra os de ultra-direita. Mas não estou com o PT enquanto o partido não for de encontro às mudanças estruturais em um momento que exige radicalização. Em minha opinião, Tarso Genro está fazendo a melhor autocrítica do partido nesse momento em que o povo decidiu participar da política no Brasil.

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  3. Uma boa leitura... vai de encontro à leitura de Marilena Chauí, ao alertar sobre os perigos da onda ultra-direitista de matizes fascistas que irrompe nas manifestações de massa. É preciso recuperar o conceito de classe em oposição ao conceito de massa. Só acrescentaria que não é o PT quem tem a razão nesse momento. É um momento de crise ideológica. E o PT só sairá vitorioso se for de encontro à participação popular e aos movimentos sociais, única forma de ir aos poucos se livrando do peemedebismo. Aliás, Temer e cia. já sinalizaram que a Reforma Política será adiada para 2016.

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