NUVENS
Nesta
aldeia de ninguém
trapos indigentes nas cercas —
teréns de ninguém.
E sobre elas nuvens de ninguém,
e adiante — anúncios sobre a infância:
crianças esquálidas, bravias;
e música sobre o nu
de mulheres hunas e citas;
e aqui, no leito, ao rés dos olhos,
algures, junto a pestanas úmidas,
alguém morria e chorava,
enquanto eu compreendia
de uma vez por todas — era
minha mãe.
1960
Tradução: Haroldo de Campos e Boris Schnaiderman
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
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tão, triste. tão bonito...
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