Jovem negra pinta de azul-violeta as pontas dos mamilos.
Há jaguares
sob as unhas.
Mímica
de esfinge
nos pulsos.
Núbia voz animal raio-de-pedra golpeia nudez janaína
reflexo de híbrida
orquídea
ou seio-
noite-
flor-
que incandesce.
(Três colares
de relva;
riscos
gravados
na rocha,
sortilégio.)
(Pintura: mascar o carvão leonino da desértica
epiderme,
ruminando
arenoso
até cantar
a clavícula.)
(Poema de Claudio Daniel, do livro Figuras Metálicas. São Paulo: Perspectiva, 2004.)
sexta-feira, 4 de setembro de 2009
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... teus poemas olham...
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