quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

POEMAS DE GOETHE (IV)

SOBRE FOLHAS DE SEDA

Sobre folhas de seda
Não escrevo já rimas simétricas;
E já não as enlaço
Com ramagens de ouro;
Desenhadas na poeira móvel,
O vento as apaga, mas a força fica
Presa por magia ao solo
Até ao centro da terra.
E o viandante virá,
O Amante. E mal pise
Este sítio, sentirá um arrepio
Por todos os membros.
«Aqui! antes de mim aqui amou o Amante.
Foi Medschnun, o terno?
Ferhad, o poderoso? Dschemil, o imorredouro?
Ou um de entre aqueles mil
Felizes-infelizes?
Ele amou! Como ele eu amo,
Eu adivinho-o!»
- Mas tu, Zuleica, repousas
Sobre o coxim delicado
Que eu pra ti preparei e enfeitei.
Também os teus membros se arrepiam, e acordas.
«É ele que me chama, Hatem!
Também eu te chamo: Ó Hatém! Hatém!»

Tradução: Paulo Quintela.

Um comentário:

  1. Interessante
    Passei aqui lendo o que tem pra ler. E observando o que tem para observar. E Exaltando o que tem de ser Exaltado. Estou lhe desejando um Tempo de Harmonia e de muita Inspiração. Entendo ter um blogue Agradavel, muito bom e Interessante. Eu, também tenho um. Muito Simplório por sinal. E estou lhe Convidando a Visitá-lo e, mais. Se possivel Seguirmos juntos por eles. Estarei Muito Grato esperando por Você lá.
    Abraços de verdade e, fique com DEUS

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