Verde-bolor é a casa do esquecimento.
Diante de cada portão flutuante azuleia o teu músico decapitado.
Bate o tambor feito de musgo e amargo pêlo púbico;
Com o dedo do pé ulcerado desenha a tua sobrancelha na areia.
Desenha-a, maior do que era, e o vermelho dos teus lábios.
Tu enches aqui as urnas e alimentas o teu coração.
Tradução: João Barrento
(Do livro Sete Rosas mais Tarde. Lisboa: Cotovia, 1993)
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
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