CAVALO
eu não sei qual 
Iansã
qual Oxalá qual 
Oxalufã qual Iemanjá
me manda mensagens 
no meio da noite
garrafas 
quebradas, retalhos de naufrágios
miragens escuras 
das profundezas do mar
não sei por que me 
escolheram cavalo
dessas musas 
tumultuosas
só cumpro minha 
sina
em São Paulo, 
Paris ou na Abissínia
erigindo pirâmides 
com câmaras cavernosas
que mais noite ou 
menos dia
vão se espalhar 
pelos quatro ventos
da Via Láctea em 
combustão
numa vertigem de 
bruma e poeira de estrelas
e depois disso só 
restará o amor
luzindo na pele de 
uma mulher
que ainda se 
lembrará de mim
antes do instante 
do sim
(Poema do livro 
A Voz do Ventríloquo. São Paulo: editora Edith, 2012)
 

É um grande poeta - admirável!
ResponderExcluir(Sugiro tirar aqui no seu blogue a digitação desse negócio - acho que - "verificação de palavras". Mas é só sugestão.)
Bardo, desculpe-me, mas não entendi... copíei esse poema do blog do Ademir, ESPELUNCA, onde foi publicado originalmente.
ResponderExcluirNão é acerca do poema. Trata-se dos códigos (várias letras) que temos que digitar para enviar o comentário. No meu entender isso é desnecessário e gasta-se tempo para tal.
ResponderExcluirQuanto ao Ademir e a você, só tenho elogios.
Agradeço!
O lance é mais ou menos assim:
Prove que você não é um robô
louncia Erwinu
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