Peter Phillipp
Na madrugada de 9 de abril de 1948, 120 terroristas invadiram e ocuparam o povoado de Deir Yassin, a oeste de Jerusalém. Testemunhas oculares relataram que eles foram de casa em casa e abriram fogo contra seus moradores.
Na madrugada de 9 de abril de 1948, 120 terroristas invadiram e ocuparam o povoado de Deir Yassin, a oeste de Jerusalém. Testemunhas oculares relataram que eles foram de casa em casa e abriram fogo contra seus moradores.
Quem 
visita Israel precisa procurar muito para encontrar vestígios de antigos 
povoados árabes. Em geral, tratam-se de ruínas. Na guerra de 1948, 400 povoados 
palestinos foram destruídos e seus moradores expulsos. Lugarejos que existem 
apenas em mapas antigos. 
Cerca de 
700 mil palestinos foram expulsos de suas casas, algo atualmente reconhecido por 
historiadores israelenses como um processo sistemático de banimento ou 
deportação. 
Fim do sonho de dois 
Estados 
Em 29 de 
novembro de 1947, as Nações Unidas haviam decidido criar um Estado palestino e 
um israelense, sendo que Jerusalém seria internacionalizada. O Reino Unido 
anunciou a disposição de desistir de seu mandato sobre a Palestina. Mas o mundo 
árabe rejeitou a divisão. Também círculos nacionalistas radicais judeus não 
concordavam, por temer o avanço árabe. 
À medida 
que se aproximava a data da retirada definitiva dos britânicos da Palestina, em 
15 de maio de 1948, a situação ficou cada vez mais tensa e as manifestações se 
ampliaram, muitas vezes seguidas de conflitos armados. 
Dois 
grupos judeus clandestinos arquitetaram um plano. O "Irgun", do posterior 
primeiro-ministro Menachem Begin, e o "Lehi": expulsar os palestinos que 
morassem no futuro território israelense. 
O 
primeiro povoado escolhido foi Deir Yassin, invadido por 120 terroristas na 
madrugada de 9 de abril de 1948. Testemunhas oculares relatam que eles 
dispararam as armas imediatamente. 
Às 11 
horas da manhã, o lugarejo estava tomado. Os terroristas começaram a ir de casa 
em casa para assassinar seus moradores, fossem crianças, mulheres ou idosos. A 
maioria dos homens a esta altura já tinha fugido. 
Somente 
à tarde, quando os moradores judeus ortodoxos começaram a retornar do trabalho e 
a contar que os demais habitantes sempre foram pacíficos, o massacre teve fim, 
250 sobreviventes foram transportados de caminhão e descarregados no lado árabe 
de Jerusalém.
Deir 
Yassin simplesmente deixou de existir. Embora as lideranças do movimento 
clandestino judeu "Hagana" tenham condenado o massacre, nada aconteceu com os 
responsáveis.  
(Confiram mais artigos sobre a questão palestina no link Opinião da revista Zunái, na página http://www.revistazunai.com/editorial/index.htm)
 

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