Para Marc Chagall
Quando um estranho
flutuou no palito de fósforo
embebido de si mesmo
contando os peixes do céu
com os dedos de uma só
mão.
Quando um estranho
embebido em teu sexo
lavou os cabelos com
música
de um antigo relógio de sol.
Quando um estranho
perdido na manhã líquida
escreveu outra vez teu
nome
dentro de uma casca de
noz.
Poema inédito de Claudio
Daniel, 2024
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