free-jazzista gato barbieri, reproduz, não sem as sincopadas com-
panhias do contrabaixo e da bateria, toda a dissonância que — a
despeito do fim reprodutor — emana, — como se de atonal, van-
guardista sessão de improvisos, emanasse —, de um operístico et
félin ménage à trois, entre 1 macho e 2 fêmeas (barítono de bigo-
de, ele; contraltos de vibrissas, elas) — desafinado trio.
* * *
Cônico Colar
de Plástico — para
o Bichano, um Desmancha-
-Prazeres — como
que a Anular
o — Não pequeno —
Potencial enquanto Lixa
(Septuagésimo Sétimo
Grão) da Língua Gatal
que vive a deixar, de
Tanto Poli-la, uma
sua Informe Chaga, ou Ferida,
em (Felina) Carne Viva
* * *
Nudez de uma Lacuna na Mesclada Pelagem (Claroescura) do
Pequeno Felino — um Felis Cattus — que a Lambe a Lambe na
(Talvez) Vã Tentativa de — co’a Volátil Umidade de sua Saliva —
Vesti-la.
* * *
Fita-Virgem Deflorada
— Não sem Consentimento —
pelos Graves & Agudos de
uma Acusmática Gravação
d’um Indiscreto Disco de Vinil:
* * *
Aproximados Sessenta e
Nove Minutos de Algo ,—
Sons —, Muito Próximos
àqueles, pelas Cordas
Vocálicas e Em “Certas
Circunstâncias”, Não Omitidos:
Fabrício Slaviero, poeta, nasceu em Taboão da Serra (SP), onde reside, em 1982. Publicou poemas na revista Zunái.
o espanto nos (meus) olhos.
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