Um dia encontrarão
os fósseis rupestres
de uma saliva
já extinta
virão tradutores
e ólogos e istas
capitalizarão:
[beijos cravejados na rocha]
e os poetas dirão:
a fotossíntese da pedra!
as ortodoxias
intoxicando tudo
implorarão o milagre da obra
de uma língua santa:
- uma palavra sua e seremos salvos!
pigmento inteligível para espécies vorazes
corroendo caverna
sanguinidade de sal
mas que lábios
que línguas
que linguística guerrilha
deixa fendas na fala?
como corpo sem carne
a linguagem não cala
só o homem sucumbe à ausência de órgãos
falência múltipla
na boca nunca insossa do tempo
* * *
desse teu nome
minha boca carece
verbo que carne!
atocaio-te a língua
com minha fome
DESABOTOADURAS
Poesia com dentes
mordendo-me a fala
Poesia com falo
com tato, com toque
Se não me roça
ao pé da letra
Se não me rasga
botões à pele
diante dela
,frígida,
- calo!
Katyuscia Carvalho é poeta e mantém o blog http://katyuscia-carvalho.blogspot.com/.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
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Sr. Claudio,
ResponderExcluirhe querido comunicarme con usted, pero su e-mail no lo tengo. Escribo poemas, aforismos,etc. Quisiera colaborar en alguna revista. Le dejo algunos:
1
Dime de qué gala viene el Diablo
y te diré el sastre que lo viste
2
Me encontré con la Muerte
y falló a su palabra
3
El enano cree
que al caminar
una milla
camina
tres
Mi correo: michivalka3@aol.com
Soy Michi.
Parabéns pelo blog.
ResponderExcluirGostaria de colaborar com poemas.
Marcus
http://pelasventasemembranas.blogspot.com/p/poemas.html
Caros, vocês podem me enviar poemas pelo e-mail claudio.dan@gmail.com Caso goste, poderei publicar aqui ou na Zunái. Grato pelo interesse,
ResponderExcluirClaudio Daniel