Claudio Daniel
A Faixa de Gaza é um território com 40km de comprimento e 12km de largura, “um dos lugares mais densamente povoados do planeta”, escreve Joe Sacco no livro Notas sobre Gaza. “Entre 2002 e 2003, quando passei por lá, 1milhão e 300 mil palestinos ocupavam cerca de 70% de seu território. O restante estava sob domínio de 7.500 colonos judeus, que estabeleceram seus enclaves depois que Israel invadiu Gaza, em 1967, e dos soldados que os protegem. A taxa de desemprego entre os palestinos era de 50%. O percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza – que vivem com menos de dois dólares por dia – chegava a 70%. Cerca de dois terços eram refugiados registrados, os refugos da guerra de 1948. Todos os acessos a Gaza, tanto para palestinos como para estrangeiros, eram vigiados e rigidamente controlados pelos israelenses. A disposição dos assentamentos e de suas estradas, além dos postos de verificação, permitiam aos israelenses separar facilmente uma parte de Gaza da outra.” Em 2005, Israel tomou uma “iniciativa unilateral (...) de remover os assentamentos judeus existentes em Gaza, deixando aquela estreita porção de terra totalmente à disposição dos palestinos. No entanto, Israel não abriu mão do controle do espaço aéreo e marítimo de Gaza, nem de suas fronteiras terrestres, com exceção de um ponto de passagem. (Esse ponto de passagem é o Terminal de Rafah, na fronteira com o Egito, que dificultava terrivelmente o processo de entrada e saída de Gaza.) Na verdade, a Faixa de Gaza, um lugar miserável e superpovoado, nunca se livrou do bloqueio israelense ou da ameaça de ataques e retaliações por parte das Forças de Defesa de Israel – FDI --, como se comprovou no final de 2008 e no início de 2009. (...) Quando o grupo islâmico Hamas assumiu o poder sobre a região, que detém até hoje”, os israelenses “apertaram ainda mais o cerco. (...) Com a ascensão do Hamas, Israel declarou a Faixa de Gaza uma ‘entidade inimiga’. No momento em que escrevo estas linhas, há um bloqueio quase completo a Gaza, com apoio dos Estados Unidos e da União Europeia”, escreve Joe Sacco. Conforme o toque de recolher imposto por Israel aos palestinos que habitam a Faixa de Gaza, eles são proibidos de saírem de suas casas entre as 20h e as 04h da manhã.
A Faixa de Gaza é um território com 40km de comprimento e 12km de largura, “um dos lugares mais densamente povoados do planeta”, escreve Joe Sacco no livro Notas sobre Gaza. “Entre 2002 e 2003, quando passei por lá, 1milhão e 300 mil palestinos ocupavam cerca de 70% de seu território. O restante estava sob domínio de 7.500 colonos judeus, que estabeleceram seus enclaves depois que Israel invadiu Gaza, em 1967, e dos soldados que os protegem. A taxa de desemprego entre os palestinos era de 50%. O percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza – que vivem com menos de dois dólares por dia – chegava a 70%. Cerca de dois terços eram refugiados registrados, os refugos da guerra de 1948. Todos os acessos a Gaza, tanto para palestinos como para estrangeiros, eram vigiados e rigidamente controlados pelos israelenses. A disposição dos assentamentos e de suas estradas, além dos postos de verificação, permitiam aos israelenses separar facilmente uma parte de Gaza da outra.” Em 2005, Israel tomou uma “iniciativa unilateral (...) de remover os assentamentos judeus existentes em Gaza, deixando aquela estreita porção de terra totalmente à disposição dos palestinos. No entanto, Israel não abriu mão do controle do espaço aéreo e marítimo de Gaza, nem de suas fronteiras terrestres, com exceção de um ponto de passagem. (Esse ponto de passagem é o Terminal de Rafah, na fronteira com o Egito, que dificultava terrivelmente o processo de entrada e saída de Gaza.) Na verdade, a Faixa de Gaza, um lugar miserável e superpovoado, nunca se livrou do bloqueio israelense ou da ameaça de ataques e retaliações por parte das Forças de Defesa de Israel – FDI --, como se comprovou no final de 2008 e no início de 2009. (...) Quando o grupo islâmico Hamas assumiu o poder sobre a região, que detém até hoje”, os israelenses “apertaram ainda mais o cerco. (...) Com a ascensão do Hamas, Israel declarou a Faixa de Gaza uma ‘entidade inimiga’. No momento em que escrevo estas linhas, há um bloqueio quase completo a Gaza, com apoio dos Estados Unidos e da União Europeia”, escreve Joe Sacco. Conforme o toque de recolher imposto por Israel aos palestinos que habitam a Faixa de Gaza, eles são proibidos de saírem de suas casas entre as 20h e as 04h da manhã.
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