Nas duas guerras mundiais, a de 1914-18 e a de 1939-45,
causadas pela disputa entre as principais potências capitalistas europeias por
mercados, fontes de matérias-primas, vias de transporte e campos cultiváveis,
morreram cerca de 94 milhões de pessoas, entre civis e militares (10 milhões na
I Guerra Mundial, 84 milhões na II Guerra Mundial). Apenas em Hiroshima e
Nagasaki, os Estados Unidos mataram 220 mil pessoas, usando armas de destruição
em massa. Nos anos seguintes, a França matou um milhão de
pessoas na Guerra da Argélia e os Estados Unidos mataram quatro milhões de
coreanos e um milhão de chineses, na Guerra da Coreia, quatro milhões de
vietnamitas e dois milhões de cambojanos e laocianos, na Guerra do Vietnã,
entre 500 mil e dois milhões de indonésios, após o golpe de estado de Suharto,
apoiado pelos EUA, entre 400 mil e um milhão de iraquianos, na Guerra do Golfo,
para citarmos apenas alguns números.
P.S. No livro Churchill’s
secret war, Madhusree Mukerjee, estudiosa indiana que já pertenceu ao
conselho de editores da Scientific American, denunciou o holocausto indiano de
1943, causado pelo desvio de alimentos imposto à região de Bengala por Winston
Churchill, na época em que a Índia era ocupada militarmente e colonizada pelos
ingleses. O então primeiro-ministro britânico recusou até mesmo a ajuda
alimentar oferecida por americanos e canadenses, que teria permitido evitar o genocídio
de até 5 milhões de indianos. Viva o "liberalismo democrático" da
burguesia!
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