Por que os golpistas recuaram em sua estratégia de derrubar a
presidenta Dilma? Por vários motivos: 1) falta de apoio das Forças Armadas, que
não desejam aventurar-se numa guerra civil por tempo indeterminado e
consequências imprevisíveis; 2) falta de apoio dos governadores e de outras
forças políticas; 3) falta de apoio dos grandes industriais, que temem uma
crise institucional generalizada, com a volta da hiperinflação e da retração
econômica; 4) falta de unidade interna no maior partido
golpista, o PSDB (leia-se: a disputa entre Aécio NeveR e Geraldo Alckmin, sendo
este último o candidato favorito da burguesia para as eleições de 2018); 5)
falta de apoio do PMDB ao golpe -- no caso de um impeachment, Dilma e também
Michel Temer seriam impugnados, e o único favorecido neste caso seria Aécio; 5)
a resistência dos movimentos sociais à onda golpista -- vide a calorosa
recepção a Dilma no Maranhão; 6) os interesses econômicos de nossos parceiros
internacionais, em especial os BRICs, sobretudo a China, que investirá 50
bilhões no Brasil. A virada editorial da FALHA e da Rede Goebbels, a apenas dez
dias da marcha fascista marcada para o dia 16, tem o propósito claro de frear o
movimento golpista. Claro: o recuo do golpe não significa que a mídia, o
judiciário e setores tucanos infiltrados no aparelho de estado deixarão de
atacar diariamente Dilma, Lula e o PT, mas, agora, a estratégia é outra:
antecipar a propaganda eleitoral de 2018 para tentar desgastar ao máximo a
esquerda e fortalecer a candidatura de Geraldo Alckmin em 2018.
EM TEMPO: mesmo que tenha sido afastado o risco do
golpe de estado, a direita permanecerá agindo contra a soberania nacional, via
mídia, judiciário, polícia federal e demotucanos. Privatização da Petrobrás,
fim do regime de partilha para a exploração do pré-sal (projeto do canalha José
Serra), desmantelamento de nosso programa nuclear, são alguns dos objetivos dos
vende-pátria. A luta política continuará e os movimentos sociais não podem
abandonar as ruas!
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