TRANSCURSO
próximo aos estiletes de fogo que cospem lâminas finíssimas
de chumbo ou avançando por detrás da escaramuça das algas insufladas pelas
lascas eufóricas tal como o transístor das risadas coléricas precipitando-se às
melodias de ondas incestuosas num revolutear de cristas incontáveis a contrair
os minutos através das emanações de uma escada quase ovalada à espera de que
todos os seres com aquelas flatulências possam se esgueirar acima dos estuques
de gesso onde os fungos das trêmulas ancas se desatrelam com as lagartas de
línguas enrubescidas embora nem sempre as lamentações de um cadáver insepulto
se mantenham à distância dos edifícios esquálidos de certas plenitudes irreais
enquanto assim um semi-animal humano parece estar rastejando nos lábios do
cimento adormecido durante a sua translação para além das bifurcações de outras
ferrovias que vão se perfilando às cegas sobre as reminiscências das válvulas
da matilha atacada pelas fossas de um velho armazém como se apenas as suas
mandíbulas inferiores pudessem se rejuvenescer com a plumagem dos túmulos e as
cordilheiras de uma faísca submersa
(Leiam mais poemas de Chiu Yi Chih na edição de agosto da Zunái.)
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