segunda-feira, 20 de agosto de 2012

UM POEMA DE ADRIANA ZAPPAROLI



batesiano e seus reflexos lentos...
seus hábitos, suas manias,
seus disfarces, suas agonias,
seus alicerces, seu hálito de pinho:  - virulento!


[- não! você nem existia ...é um fruto da poesia ... ]

foi criado entre o mimetismo do rubro e do lírico.
da monotonia. de um comportamento mímico.
sua evolução convergente, seu dente-rústico, seu dedilhar anímico.
um mímico-acústico de autômato em sinais defensivos.
seus ais de mato cromado em estômatos,
em seus gestos agressivos e o estômago
cromado foram, de repente, iludidos ...no reflexo do recuo da presa.
sua vampiresa de aranha mimetizando formiga,
suas pernas longas e finas, suas quelíceras semelhantes as mandíbulas;
era o olho e o f errão pela cutícula... agora, ambiguamente, a libido.

e nisso, enquanto esmagava-lhe a língua,
o crânio, a indisciplina e toda essa lírica,
ainda,
a lontra sorria comigo.

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