quarta-feira, 1 de abril de 2015

EM DEFESA DA DEMOCRACIA E DO MANDATO DE DILMA!



 













A Plenária Nacional dos Movimentos Populares por Mais Democracia, Mais Direitos e Combate à Corrupção aconteceu hoje, terça-feira, a partir das 18h, na quadra do Sindicato dos Bancários, na rua Tabatinguera, em São Paulo. Estiveram presentes cerca de 2 mil pessoas, entre militantes e dirigentes dos movimentos sindical, estudantil e popular, incluindo representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Movimento dos Sem-Terra (MST), União Nacional dos Estudantes (UNE), União da Juventude Socialista (UJS), Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Comunista do Brasil (PCdoB), Partido da Causa Operária (PCO), Partido Comunista Marxista-Leninista (PCML), Cebrapaz, entidades de mulheres, negros e trabalhadores sem teto. Os temas principais abordados pelos oradores foram a defesa do mandato da presidenta Dilma Rousseff e da democracia, contra a articulação golpista orquestrada pela mídia e pelos tucanos, o combate à corrupção, sem criminalizar as empresas públicas e a engenharia nacional, a necessidade da reforma política, da regulamentação da mídia e a defesa da Petrobrás e das conquistas sociais obtidas pelos trabalhadores nos últimos treze anos de governos democráticos e populares. Bebel, representante da Apeoesp, iniciou os discursos informando que 70% dos professores da rede pública estadual estão hoje em greve por melhores salários e condições de ensino, por uma educação pública de qualidade, lembrando que o desgovernador tucano Geraldo Alckmin (P$DB) fechou nada menos que 3.390 salas de aula em todo o estado, levando à superlotação das escolas, sem condições mínimas de trabalho – hoje faltam desde papel higiênico até pasta de dentes nas unidades de ensino.

Altamiro Borges, do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, destacou a necessidade da regulamentação dos meios de comunicação, monopolizados por apenas seis famílias, que constituem hoje um sério risco para a democracia no Brasil, “inculcando o ódio fascista na sociedade brasileira”. Conclamou também a militância a ocupar as redes sociais, divulgando os blogues e sites progressistas, como contraposição à influência da mídia hegemônica, e recordou que no dia 26 de abril, quando a Rede Globo completará 50 anos, haverá uma “descomemoração” em todo o país, realizado pelos movimentos sociais, sendo saudado pelos presentes com o coro: “O povo não é bobo, fora a Rede Globo!”.

Renato Rabelo, presidente nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), lembrou as semelhanças entre o atual movimento golpista – que acontece no Brasil, Argentina e Venezuela – e aquele articulado pelos setores reacionários em 1964 e conclamou a unidade da esquerda e de todos os setores democráticos em defesa do mandato de Dilma e da democracia, bem como a necessidade do fim do financiamento empresarial das campanhas políticas, como medida necessária para o combate eficaz à corrupção.

Rui Falcão, presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), reforçou o apelo para a formação de uma ampla frente democrática em defesa do mandato de Dilma e anunciou que a bancada do PT apresentou dois projetos no Congresso Nacional: um para a tributação das grandes fortunas e outro que garanta o direito de resposta nos meios de comunicação, considerando que “não existe projeto de Brasil sem reforma tributária, sem reforma agrária e sem a regulamentação da mídia”.

Victoria Barros, presidente da União Nacional dos Estudantes, recordou as lutas históricas dos estudantes brasileiros na campanha do “Petróleo é nosso” e na defesa do mandato de João Goulart e deixou claro que a juventude está ao lado do povo brasileiro na defesa dos direitos sociais obtidos com Lula e Dilma. Gilmar, representando o Movimento dos Sem-Terra (MST), afirmou em seu discurso que “não haverá golpe neste país sem resistência de massas nas ruas”, porque “os movimentos sociais não formaram covardes”, sendo bastante aplaudido pela militância.

Luís Inácio Lula da Silva, em seu discurso de encerramento, comparou as manchetes dos jornais durante os seus oito anos de governo com as manchetes publicadas hoje na mídia, mostrando que o conteúdo é o mesmo, porém, hoje com muito mais agressividade. Segundo Lula, a burguesia não perdoa a redução das desigualdades e a ascensão social obtidas pelas camadas mais pobres da população nos últimos treze anos e usa a corrupção para manipular a opinião pública, condenando previamente os acusados nos jornais, antes mesmo da apuração dos fatos e do devido processo legal, com amplo direito de defesa. “As elites estão fomentando a luta de classes de cima para baixo”, declarou, porém, “ninguém mexerá nas conquistas do povo brasileiro que elegeu um operário e depois uma mulher para a presidência da república”.

No final do ato, foi apresentado o calendário de lutas dos movimentos sociais: no dia 01 de abril, atos pelo fim da Rede Globo em todo o país; em 07 de abril, Dia Nacional de Lutas, com mobilização da militância em frente ao Congresso Nacional contra a votação da PL 4330, relativa à terceirização do trabalho, e contra as medidas provisórias 664 e 665; e em Primeiro de Maio, Dia Mundial dos Trabalhadores, a realização de atos unificados reunindo as centrais sindicais, entidades de mulheres e da juventude com o lema da defesa da democracia e dos direitos dos trabalhadores.

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