CECILIANA
escorre o óleo do mundo – lima
de rícino, refino
mínima grama ou toda
canteiro, fecundo
a poesia é de quem
precisa, disse o carteiro
lhe ria, além a lama
ternas de exílio e poda
te revisito, o mundo – olha
entre as pernas
BACHIANA EM DOIS MOVIMENTOS PRA VILLA-LOBOS
já volto, vou me inexistir
no peito, aquela coisa de moer cana.
PEDRITA NUMA NOTA
adoro quando ela, afogada, acorda pra me ler
OUTRA CANTATA PRA DEPOIS DO NUNCA MAIS
como poderia esquecer?
caixa de ressonância acústica, vibro:
suas palavras andam de bicicleta por meus ecos e umbigo.
(Do livro Tambores pra n’zinga. Rio de Janeiro: Editora
Multifoco, Selo Orpheu, 2012)
Poeta competente.
ResponderExcluir...amo ler Nina!Parabéns pela bela escolha, Bardo!!E parabéns a Poeta Nina, em seu niver hoje, 18 de junho!!!
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