Polícia joga novas bombas contra manifestantes da USP; protesto pede retirada da PM
"Policiais militares que tentam reprimir um protesto na USP (Universidade de São Paulo) lançaram por volta das 17h50 desta terça-feira mais bombas de efeito moral contra os manifestantes, que bloquearam o acesso à universidade. Ainda não há informações sobre feridos ou sobre quantas pessoas participam do protesto.
"Policiais militares que tentam reprimir um protesto na USP (Universidade de São Paulo) lançaram por volta das 17h50 desta terça-feira mais bombas de efeito moral contra os manifestantes, que bloquearam o acesso à universidade. Ainda não há informações sobre feridos ou sobre quantas pessoas participam do protesto.
Segundo informações preliminares da reitoria da USP, os manifestantes jogaram pedras e paus contra os PMs, que reagiram. O sindicato de funcionários, entretanto, nega que os manifestantes tenham iniciado e diz que a PM que deu início à briga ao atirar bombas de efeito moral.
Antes da confusão, estudantes e funcionários já haviam se reunido em frente à reitoria. Conforme o Sintusp (sindicato dos funcionários), o ato envolveria alunos, funcionários e professores da USP, Unesp e Unicamp, convocados pelo Fórum das Seis --que representa funcionários, professores e estudantes das três universidades paulistas. A reitoria informou que o confronto com a PM envolve apenas estudantes.
Os manifestantes protestam contra a presença da Polícia Militar no campus da USP. Em resposta à permanência da PM, professores e alunos, que não haviam aderido à paralisação, decidiram entrar em greve na última quinta-feira.
Nesta terça, o governador José Serra (PSDB) afirmou que o governo cumpre uma ordem judicial e, por isso, mantém a PM na universidade. "A questão é a seguinte: o governo está cumprindo ordem judicial. A reitora pediu segurança e o governo não tem outra alternativa se não cumprir a ordem judicial dada por um juiz", disse.
De acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) o portão 1 de acesso à USP --localizada na rua Alvarenga -- foi bloqueada pelos manifestantes, mas não há informações sobre quantos estudantes participam do ato.
Os manifestantes pedem a reabertura das negociações com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas) e a retirada da PM do campus da USP. Desde o dia 1º, policiais militares permanecem na USP para evitar que funcionários, em greve desde 5 de maio, bloqueiem a entrada de prédios, incluindo o da reitoria, impedindo a entrada dos que não apoiam a greve.
Os grevistas querem reajuste salarial de 16%, mais R$ 200 fixos, além do fim de processos administrativos contra servidores e alunos que participaram de protesto anterior -- que resultou em dano ao patrimônio.
As negociações entre o Cruesp e o Fórum das Seis -- que representa funcionários, professores e estudantes das três universidades paulistas -- estão paradas desde 25 de maio.
Na ocasião, um grupo de estudantes invadiu a reitoria após os reitores impedirem parte dos alunos e um sindicalista de participar da reunião."
Fonte: Folha Online da Folha de S. Paulo
Será que o Brasil precisa de uma polícia militar ?
ResponderExcluirCaro Chico, sim, a polícia militar é uma herança da ditadura; precisa ser reformulada para conviver numa sociedade democrática. Infelizmente, os governos do PSDB mantêm a fórmula "privatizações na economia, flexibilização dos direitos trabalhistas, populismo e marketing na cultura e polícia para os descontentes"... lamentável... abraço,
ResponderExcluirCD
Como escreveu o brother Ademir Assunção em seu blog Espelunca: "Tempos estranhos. José Serra era líder estudantil durante a ditadura militar. Era um dos que enfrentavam a polícia quando ela ameaçava invadir os campus das universidades. Hoje, governador, é ele quem chama a polícia".
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