quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
UM POEMA DE DINO CAMPANA
BATE O BOTE
No navio
Que rebola,
Com os barcos com quem choca
De uma aurora
Sobre a proa
Brilha um olho
Incandescente:
(O meu passo
Solitário
Bebe a sombra
Pelo cais)
Dentre as luzes
Uniformes
Dos navios
Até a cidade
Só esse passo
Que na noite
Solitário
Repercute
Pela noite
Dos navios
Solitário
Repercute:
Assim vasta
Tão ambígua
Pela noite
Assim tão pura!
A água ( O mar
(será que a exala?)
Dentre as rotas
Dentre as noites
Bate: cego
Pelas rotas
Dentre d´ olho
Desumano
Dessa noite
De um destino
Nessa noite
Mais ao longe
Pelas rotas
Dessa noite
O meu passo
Bate o bote.
Tradução: Aurora Bernardini
(Leia mais na edição de fevereiro da Zunái)
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