Manifestações contra Israel reúnem milhares de pessoas na Europa 10/01 - 17:05 - Redação com agências internacionais Manifestações contra a operação militar de Israel sobre a Faixa de Gaza reuniram neste sábado milhares de pessoas, em várias cidades da Europa, especialmente em Paris e em Londres. França Na capital francesa, milhares de pessoas foram às ruas para apoiar os palestinos de Gaza e repudiar os ataques israelenses, que desde 27 de dezembro passado já mataram mais de 800 palestinos, incluindo 235 crianças e 93 mulheres.
Segundo seus organizadores, o protesto em Paris reuniu 100 mil pessoas, mas a polícia calculou a participação em 30 mil.
Várias personalidades dos partidos de esquerda participaram da manifestação, ao lado da delegada da Palestina na França, Hind Koury, que exigiu da ONU a imposição de "sanções contra o governo de Israel". Na cidade francesa de Nice, a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e deteve vários jovens durante outra manifestação contra a ofensiva militar israelense sobre a Faixa de Gaza.
Em meio ao protesto, que reuniu cerca de 2.500 pessoas, grupos de jovens lançaram pedras contra policiais, que responderam com bombas de gás, deflagrando o confronto na principal avenida da cidade, a Jean Medecin, o que levou o comércio a fechar suas lojas.
Em meio ao tumulto, jovens destruíram a fachada de vidro de uma lanchonete do McDonald's, lançando cadeiras e mesas do próprio estabelecimento que estavam na calçada. Uma manifestação pró-Israel também aconteceu em Paris, em frente à embaixada israelense.
Reino Unido Em Londres, os organizadores do protesto falavam em 100 mil pessoas reunidas no Hyde Park, no centro da capital, mas a polícia calculava a presença de 12.000 manifestantes.
O protesto londrino, liderado por artistas e políticos de esquerda, seguiu do Hyde Park para a embaixada de Israel, onde a polícia impediu o avanço dos manifestantes, dando origem a pequenos confrontos.
Itália Na Itália, milhares de pessoas, incluindo palestinos que vivem no país, protestaram nas cidades de Milão, Turim e Veneza contra a operação militar em Gaza.
Aos gritos de "Israel terrorista" e "Palestina é nossa terra", a manifestação em Milão, convocada por partidos e organizações de esquerda, reuniu ainda centenas de mulheres e crianças.
Em Turim, os manifestantes tentaram hastear uma bandeira palestina diante da prefeitura da cidade, e queimaram uma bandeira israelense em frente à sede da associação Itália-Israel.
Em Veneza, cerca de 400 pessoas desfilaram pelas ruas da cidade para apoiar a população de Gaza, atendendo a um chamado da organização de esquerda "Refundação Comunista".
Suíça Na cidade suíça de Berna, ao menos 7 mil pessoas participaram de um protesto contra a ação israelense, liderado por três deputados suíços de esquerda.
A manifestação cruzou o centro da cidade e foi até a praça da catedral, para exigir o fim da agressão israelense, a suspensão do bloqueio imposto à Faixa de Gaza e o fim da colaboração militar entre a Suíça e Israel".
Em Oslo, os protestos acabaram em incidentes entre manifestantes e policiais, que utilizaram bombas de gás lacrimogêneo.
Em Estocolmo, entre 4.000 e 5.000 pessoas se reuniram diante da embaixada de Israel, gritando frases como "Fechem a embaixada" ou "Longa vida à Palestina".
Alemanha Na Alemanha, cerca de 24 mil manifestantes protestaram em diferentes cidades, incluindo Duisburgo, onde 10 mil pessoas, a maioria da comunidade turca, foram às ruas.
As populações de Atenas, Budapeste e Sarajevo também fizeram protestos contra a ação israelense em Gaza.
No sábado à noite, fontes médicas palestinas acusaram militares israeelenses de disparar contra um povoado munição de fósforo branco, substância capaz de provocar queimaduras graves, normalmente usada como bomba de fumaça.
O governo israelense desmentiu as acusações veementemente.
Bombas de fósforo branco são proibidas, de acordo com convenções internacionais de guerra.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), os bombardeios deste domingo tiveram como alvo túneis, armazéns de armas e uma mesquita que supostamente estaria sendo usada para esconder armamento.
As FDI também confirmaram que sua infantaria se envolveu em "diversos incidentes".
Cem anos de violência contra os palestinos Coisas da Política
Jornal do Brasil - 08/01/2009
A DECLARAÇÃO DE SHIMON PERES, de que morrem mais crianças palestinas do que judias porque os judeus cuidam melhor das suas, é, em sua frieza e desdém, a confissão de que se executa o projeto de genocídio que o movimento sionista mundial estabeleceu, quando decidiu criar o Estado de Israel. Só há duas formas de construir um Estado soberano em território alheio: com o assentimento de seus habitantes ou com o seu extermínio. Os palestinos não perceberam o que os judeus que adquiriam terras em seu território, ainda no fim do século 19, pretendiam. Só se deram conta do perigo em 1917, quando lorde Arthur James Balfour, em carta a Lionel Rothschild o banqueiro que financiava os sionistas lhe assegurou a decisão britânica de apoiar a criação de um "lar nacional judeu" na Palestina. Como se encontravam sob domínio otomano e em plena Primeira Guerra Mundial, os árabes não puderam reagir imediatamente, o que só fariam depois do armistício. A Declaração Balfour é interessante, porque revela as circunstâncias conjunturais que a originaram. A guerra na Europa estava em momento indefinido, e os ingleses pressionavam o presidente Woodrow Wilson, dos Estados Unidos, para que enviasse tropas ao continente. Esse documento estimulou os ricos judeus de Nova York a exercer também sua influência sobre a Casa Branca, e os soldados norte-americanos desembarcaram em março do ano seguinte na Europa. O secretário do Exterior da Grã-Bretanha teve o cuidado de assegurar, na Declaração, que o apoio não poderia causar prejuízo aos "civil and religious rights of existing non jewish communities in Palestine".
Essa foi uma atitude insensata, e disso se deram conta os ingleses. Em 1920, terminado o conflito mundial, e atribuído aos ingleses, pela Liga das Nações, o mandato sobre o território palestino, os países árabes se reuniram em Damasco e manifestaram seu repúdio à Declaração Balfour. Não obstante isso, os ingleses responderam com a nomeação de um conhecido sionista para administrar a área, Herbert Samuel. Os árabes perceberam o que os esperava, e consideraram 1920 am al-nakbah, o ano da catástrofe. Mal sabiam que catástrofes ainda maiores viriam, como a destes dias em que confirmando o projeto de limpeza étnica escolas mantidas pelas Nações Unidas, claramente identificadas, são alvos escolhidos por Israel. Desde então, os palestinos não deixaram de protestar, de lutar pelo seu espaço histórico. Na verdade eles são semitas que não deixaram o território e foram, com o tempo, convertidos ao islã. Há quase um século, são acossados por judeus europeus, que têm a cara e os métodos de quaisquer colonizadores. Ao mesmo tempo em que o nazismo se fortalecia na Europa e iniciava a perseguição aos judeus mas, também, aos outros povos que eles consideravam inferiores, como os eslavos, os negros e os ciganos os palestinos continuavam a lutar contra os invasores. Em 1935, terroristas judeus assassinaram seu líder, al-Qassam, o que provocou rebelião geral dos palestinos, de 1936 a 1939, massacrada pelas tropas britânicas e por 15 mil judeus que constituíram o núcleo inicial do Exército de Israel.
A Primeira Guerra Mundial havia sido desastrosa para os palestinos. A Segunda lhes foi ainda pior. Depois da vitória aliada, os ingleses perceberam, com o grande homem de Estado de esquerda, Ernest Bevin, então secretário do Exterior, que haviam cometido, mais do que um crime, grande erro estratégico, diante dos interesses britânicos no Oriente Médio. Bevin tentou voltar atrás, proibir o prosseguimento da imigração de judeus em Israel e forçar a divisão do território em dois estados o que não conseguiu. Em julho de 1946, terroristas judeus, sob o comando de futuros e "respeitáveis" estadistas, como Menachen Begin, invadiram o Hotel King David, ocupado pela administração militar e civil britânica, e mataram 91 pessoas. Com todos esses fatos históricos, a Organização das Nações Unidas, dominada pelos quatro grandes vencedores do conflito (e a União Soviética foi nisso particularmente responsável), decidiu impor aos palestinos a presença definitiva dos israelitas. Mas foram sobretudo os norte-americanos, com Truman, que patrocinaram o projeto: necessitavam de um enclave na região. Dizia Adorno que, depois de Auschwitz, toda a cultura do Ocidente era um lixo. O intelectual marxista estava enganado. Com o drama da Faixa de Gaza, toda a cultura do Ocidente é um crime.
TV mostra ferimentos 'de substância banida' em Gaza
12/01 - 16:54 - BBC Brasil
Um canal de televisão da Argélia mostrou fotos de ferimentos que podem indicar que os militares de Israel estariam lançando bombas com fósforo branco na Faixa de Gaza. O uso deste tipo de substância em armas é proibido por leis internacionais de guerra, e Israel já negou veementemente a acusação de usar o composto para fins bélicos.
Médicos palestinos afirmam que vêm tratando pacientes que podem ter sido atingidos por este tipo de munição.
Segundo os médicos, as queimaduras não são comuns porque seus efeitos continuam a se espalhar horas depois de a vítima sofrer o ferimento. A queimadura poderia chegar até os ossos.
A bomba com fósforo branco é lançada por aviões e interage quimicamente com o oxigênio, se incendiando e liberando uma fumaça branca.
A organização de defesa de direitos humanos Human Rights Watch acusou no domingo o Exército de Israel de usar munição com o composto incendiário em áreas densamente povoadas de Gaza, incluindo um campo de refugiados.
Leia mais em http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/01/12/tv+mostra+ferimentos+de+substancia+banida+em+gaza+3305986.html
CD, eu sempre apoiarei a causa palestina... Acho bem lúcidas e respeito os seus posts/comentários sobre a questão... Não suporto ver Israel massacrar o povo palestino... Abs do Josealoisebahiabhzmg...
Caro Aloise, assim como você, eu apóio a causa palestina, mas não acredito em nenhuma saída que não seja a de um compromisso histórico entre o povo judeu e o povo palestino, que resulte numa convivência pacífica e harmoniosa entre as duas comunidades, com plena liberdade e igualdade, dentro de um único estado binacional, laico e democrático. Abraço,
Claudio Daniel é poeta, romancista, crítico literário e professor de literatura. Nasceu em 1962, na cidade de São Paulo (SP). Cursou o mestrado e o doutorado em Literatura Portuguesa na Universidade de São Paulo (USP). Realizou o pós-doutoramento em Teoria Literária pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). É praticante de artes marciais japonesas -- Kenjutsu (a arte da espada samurai), Bojutsu (a arte do bastão longo) e Karatê.Foi diretor adjunto da Casa das Rosas, Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura, curador de Literatura no Centro Cultural São Paulo e colunista da revista CULT. Atualmente, Claudio Daniel é editor da revista impressa GROU Cultura e Arte e ministra aulas online de criação literária no Laboratório de Criação Poética. Publicou diversos livros de poesia, ensaio e ficção, entre eles Cadernos bestiais: breviário da tragédia brasileira, Portão 7, Marabô Obatalá, Sete olhos e outros poemas e Dialeto açafrão (sob a lua de Gaza), todos de poesia, o livro de contos Romanceiro de Dona Virgo e os romances Mojubá e A casa das encantadas.
Manifestações contra Israel reúnem milhares de pessoas na Europa
ResponderExcluir10/01 - 17:05 - Redação com agências internacionais
Manifestações contra a operação militar de Israel sobre a Faixa de Gaza reuniram neste sábado milhares de pessoas, em várias cidades da Europa, especialmente em Paris e em Londres.
França
Na capital francesa, milhares de pessoas foram às ruas para apoiar os palestinos de Gaza e repudiar os ataques israelenses, que desde 27 de dezembro passado já mataram mais de 800 palestinos, incluindo 235 crianças e 93 mulheres.
Segundo seus organizadores, o protesto em Paris reuniu 100 mil pessoas, mas a polícia calculou a participação em 30 mil.
Várias personalidades dos partidos de esquerda participaram da manifestação, ao lado da delegada da Palestina na França, Hind Koury, que exigiu da ONU a imposição de "sanções contra o governo de Israel".
Na cidade francesa de Nice, a polícia lançou bombas de gás lacrimogêneo e deteve vários jovens durante outra manifestação contra a ofensiva militar israelense sobre a Faixa de Gaza.
Em meio ao protesto, que reuniu cerca de 2.500 pessoas, grupos de jovens lançaram pedras contra policiais, que responderam com bombas de gás, deflagrando o confronto na principal avenida da cidade, a Jean Medecin, o que levou o comércio a fechar suas lojas.
Em meio ao tumulto, jovens destruíram a fachada de vidro de uma lanchonete do McDonald's, lançando cadeiras e mesas do próprio estabelecimento que estavam na calçada.
Uma manifestação pró-Israel também aconteceu em Paris, em frente à embaixada israelense.
Reino Unido
Em Londres, os organizadores do protesto falavam em 100 mil pessoas reunidas no Hyde Park, no centro da capital, mas a polícia calculava a presença de 12.000 manifestantes.
O protesto londrino, liderado por artistas e políticos de esquerda, seguiu do Hyde Park para a embaixada de Israel, onde a polícia impediu o avanço dos manifestantes, dando origem a pequenos confrontos.
Itália
Na Itália, milhares de pessoas, incluindo palestinos que vivem no país, protestaram nas cidades de Milão, Turim e Veneza contra a operação militar em Gaza.
Aos gritos de "Israel terrorista" e "Palestina é nossa terra", a manifestação em Milão, convocada por partidos e organizações de esquerda, reuniu ainda centenas de mulheres e crianças.
Em Turim, os manifestantes tentaram hastear uma bandeira palestina diante da prefeitura da cidade, e queimaram uma bandeira israelense em frente à sede da associação Itália-Israel.
Em Veneza, cerca de 400 pessoas desfilaram pelas ruas da cidade para apoiar a população de Gaza, atendendo a um chamado da organização de esquerda "Refundação Comunista".
Suíça
Na cidade suíça de Berna, ao menos 7 mil pessoas participaram de um protesto contra a ação israelense, liderado por três deputados suíços de esquerda.
A manifestação cruzou o centro da cidade e foi até a praça da catedral, para exigir o fim da agressão israelense, a suspensão do bloqueio imposto à Faixa de Gaza e o fim da colaboração militar entre a Suíça e Israel".
Em Oslo, os protestos acabaram em incidentes entre manifestantes e policiais, que utilizaram bombas de gás lacrimogêneo.
Em Estocolmo, entre 4.000 e 5.000 pessoas se reuniram diante da embaixada de Israel, gritando frases como "Fechem a embaixada" ou "Longa vida à Palestina".
Alemanha
Na Alemanha, cerca de 24 mil manifestantes protestaram em diferentes cidades, incluindo Duisburgo, onde 10 mil pessoas, a maioria da comunidade turca, foram às ruas.
As populações de Atenas, Budapeste e Sarajevo também fizeram protestos contra a ação israelense em Gaza.
FÓSFORO BRANCO EM GAZA
ResponderExcluirNo sábado à noite, fontes médicas palestinas acusaram militares israeelenses de disparar contra um povoado munição de fósforo branco, substância capaz de provocar queimaduras graves, normalmente usada como bomba de fumaça.
O governo israelense desmentiu as acusações veementemente.
Bombas de fósforo branco são proibidas, de acordo com convenções internacionais de guerra.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), os bombardeios deste domingo tiveram como alvo túneis, armazéns de armas e uma mesquita que supostamente estaria sendo usada para esconder armamento.
As FDI também confirmaram que sua infantaria se envolveu em "diversos incidentes".
(Do noticiário do site IG)
Solidária, Claudio e pasma. Até quando?
ResponderExcluirCem anos de violência contra os palestinos
ResponderExcluirCoisas da Política
Jornal do Brasil - 08/01/2009
A DECLARAÇÃO DE SHIMON PERES, de que morrem mais crianças palestinas do que judias porque os judeus cuidam melhor das suas, é, em sua frieza e desdém, a confissão de que se executa o projeto de genocídio que o movimento sionista mundial estabeleceu, quando decidiu criar o Estado de Israel. Só há duas formas de construir um Estado soberano em território alheio: com o assentimento de seus habitantes ou com o seu extermínio. Os palestinos não perceberam o que os judeus que adquiriam terras em seu território, ainda no fim do século 19, pretendiam. Só se deram conta do perigo em 1917, quando lorde Arthur James Balfour, em carta a Lionel Rothschild o banqueiro que financiava os sionistas lhe assegurou a decisão britânica de apoiar a criação de um "lar nacional judeu" na Palestina. Como se encontravam sob domínio otomano e em plena Primeira Guerra Mundial, os árabes não puderam reagir imediatamente, o que só fariam depois do armistício. A Declaração Balfour é interessante, porque revela as circunstâncias conjunturais que a originaram. A guerra na Europa estava em momento indefinido, e os ingleses pressionavam o presidente Woodrow Wilson, dos Estados Unidos, para que enviasse tropas ao continente. Esse documento estimulou os ricos judeus de Nova York a exercer também sua influência sobre a Casa Branca, e os soldados norte-americanos desembarcaram em março do ano seguinte na Europa. O secretário do Exterior da Grã-Bretanha teve o cuidado de assegurar, na Declaração, que o apoio não poderia causar prejuízo aos "civil and religious rights of existing non jewish communities in Palestine".
Essa foi uma atitude insensata, e disso se deram conta os ingleses. Em 1920, terminado o conflito mundial, e atribuído aos ingleses, pela Liga das Nações, o mandato sobre o território palestino, os países árabes se reuniram em Damasco e manifestaram seu repúdio à Declaração Balfour. Não obstante isso, os ingleses responderam com a nomeação de um conhecido sionista para administrar a área, Herbert Samuel. Os árabes perceberam o que os esperava, e consideraram 1920 am al-nakbah, o ano da catástrofe. Mal sabiam que catástrofes ainda maiores viriam, como a destes dias em que confirmando o projeto de limpeza étnica escolas mantidas pelas Nações Unidas, claramente identificadas, são alvos escolhidos por Israel. Desde então, os palestinos não deixaram de protestar, de lutar pelo seu espaço histórico. Na verdade eles são semitas que não deixaram o território e foram, com o tempo, convertidos ao islã. Há quase um século, são acossados por judeus europeus, que têm a cara e os métodos de quaisquer colonizadores. Ao mesmo tempo em que o nazismo se fortalecia na Europa e iniciava a perseguição aos judeus mas, também, aos outros povos que eles consideravam inferiores, como os eslavos, os negros e os ciganos os palestinos continuavam a lutar contra os invasores. Em 1935, terroristas judeus assassinaram seu líder, al-Qassam, o que provocou rebelião geral dos palestinos, de 1936 a 1939, massacrada pelas tropas britânicas e por 15 mil judeus que constituíram o núcleo inicial do Exército de Israel.
A Primeira Guerra Mundial havia sido desastrosa para os palestinos. A Segunda lhes foi ainda pior. Depois da vitória aliada, os ingleses perceberam, com o grande homem de Estado de esquerda, Ernest Bevin, então secretário do Exterior, que haviam cometido, mais do que um crime, grande erro estratégico, diante dos interesses britânicos no Oriente Médio. Bevin tentou voltar atrás, proibir o prosseguimento da imigração de judeus em Israel e forçar a divisão do território em dois estados o que não conseguiu. Em julho de 1946, terroristas judeus, sob o comando de futuros e "respeitáveis" estadistas, como Menachen Begin, invadiram o Hotel King David, ocupado pela administração militar e civil britânica, e mataram 91 pessoas. Com todos esses fatos históricos, a Organização das Nações Unidas, dominada pelos quatro grandes vencedores do conflito (e a União Soviética foi nisso particularmente responsável), decidiu impor aos palestinos a presença definitiva dos israelitas. Mas foram sobretudo os norte-americanos, com Truman, que patrocinaram o projeto: necessitavam de um enclave na região. Dizia Adorno que, depois de Auschwitz, toda a cultura do Ocidente era um lixo. O intelectual marxista estava enganado. Com o drama da Faixa de Gaza, toda a cultura do Ocidente é um crime.
TV mostra ferimentos 'de substância banida' em Gaza
ResponderExcluir12/01 - 16:54 - BBC Brasil
Um canal de televisão da Argélia mostrou fotos de ferimentos que podem indicar que os militares de Israel estariam lançando bombas com fósforo branco na Faixa de Gaza. O uso deste tipo de substância em armas é proibido por leis internacionais de guerra, e Israel já negou veementemente a acusação de usar o composto para fins bélicos.
Médicos palestinos afirmam que vêm tratando pacientes que podem ter sido atingidos por este tipo de munição.
Segundo os médicos, as queimaduras não são comuns porque seus efeitos continuam a se espalhar horas depois de a vítima sofrer o ferimento. A queimadura poderia chegar até os ossos.
A bomba com fósforo branco é lançada por aviões e interage quimicamente com o oxigênio, se incendiando e liberando uma fumaça branca.
A organização de defesa de direitos humanos Human Rights Watch acusou no domingo o Exército de Israel de usar munição com o composto incendiário em áreas densamente povoadas de Gaza, incluindo um campo de refugiados.
Leia mais em http://ultimosegundo.ig.com.br/bbc/2009/01/12/tv+mostra+ferimentos+de+substancia+banida+em+gaza+3305986.html
CD, eu sempre apoiarei a causa palestina... Acho bem lúcidas e respeito os seus posts/comentários sobre a questão... Não suporto ver Israel massacrar o povo palestino... Abs do Josealoisebahiabhzmg...
ResponderExcluirCaro Aloise, assim como você, eu apóio a causa palestina, mas não acredito em nenhuma saída que não seja a de um compromisso histórico entre o povo judeu e o povo palestino, que resulte numa convivência pacífica e harmoniosa entre as duas comunidades, com plena liberdade e igualdade, dentro de um único estado binacional, laico e democrático. Abraço,
ResponderExcluirCD