terça-feira, 18 de janeiro de 2011

POEMAS DE GOETHE (II)

CRÍTICO

Eis que me veio uma visita
do tipo (achei) que não me irrita.
O meu jantar não era chique,
mas ele comeu tanto ali que
não sobrou nada em casa, e quando
parou, já quase arrebentando,
o demo o fez sair só para
cuspir no prato em que jantara:
”A sopa estava um arremedo;
a carne, crua; o vinho, azedo.”
Que morra paralítico!
Com mil demônios! Era um crítico!

Tradução: Nelson Ascher

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