NOITE TÓTEM
São
os transfundos outros da in extremis médium
que
é a noite ao entreabrir os ossos
as
mitoformas outras
aliardidas
presenças semimorfas
sotopausas,
sossopros
da
enchagada libido possessa
que
é a noite sem vendas
são
os grislumbres outros atrás esmeris pálpebras videntes
os
atônitos gessos do imóvel ante o refluído
ferido
interogante
que
é a noite já lívida
são
as crivadas vozes
as
suburbanas veias de ausência de remansas omoplatas
as
acrinsones dragas famintas do agora com seu limo de nada
os
idos passos outros da incorpórea ubíqua também outra
escavando
o incerto
que
pode ser a morte com sua demente muleta solitária
e
é a noite
e
deserta
Tradução: Claudio Daniel
O UNO NENS
O
UNO total
menos
plenicorrupto
nens consentido pelo zero
que
ao ido tempo torna com suas catervas súcubos sexuais e
sua
fauna de olvido
O
uno eu subânima
ainda
que insepulto intacto sob suas multicriptas com transfundos
de
arcadas
que
autonutre seus ecos de sumo experto em nada
enquanto
cresce abismo
O
uno só em um
rês
do azar que se areja ante a noite em busca de seus limites
cães
e
tornassol lambido por inúmeros podres se interchaga o obscuro
de
seu eu todo uno
crucipendente
só de si mesmo
Tradução: Elson Fróes
A MESCLA
Não
só
o
fundo fofo
os
ébrios leitos limos telúricos entre faróis seios
e
seus líquens
não
só o solicroo
as
préfugas
o
impar ido
o
aonde
o
tato incauto só
os
acordes abismos dos órgãos sacros do orgasmo
o
gosto o risco em botão
ao
rito negro à alba com seu espreguiçar cheio de pardais
nem
tampouco o regozo
os
gemidinhos só
nem
o fortuito dial senão
as
autosondas em pleno plexo trópico
nem
as ex-elas menos nem o endédalo
senão
a viva mescla
a
total mescla plena
a
pura impura mescla que me reduz os erotimbres a
almamassa
tensa as tontas fêmeas porcas
a
mescla
sim
a
mescla com que aderi minhas pontes
Tradução: Elson Fróes e Claudio Daniel
TRANSUMOS
AS
VERTENTES as órbitas tem perdido a terra os espelhos
os
braços os mortos as amarras
o
olvido sua máscara de tapir não vidente
o
gosto o gosto o leito seus engendros o fumo cada dedo
as
flutuantes paredes donde amanhece o vinho as raízes a
frente
todo canto rodado
sua
corola seus músculos os tecidos os vasos o desejo os sumos que
fermenta
a espera
as
campinas as encostas os transonhos os hóspedes
seus
favos o núbil os prados as crinas a chuva as pupilas
seu
fanal o destino
mas
a lua intacta é um lago de seios que se banham tomados
pela
mão
Tradução: Elson Fróes e Claudio Daniel
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