sábado, 21 de abril de 2012

UM POEMA DE NINA RIZZI


 CANÇÃO ÀS PROLETÁRIAS DE GUERRA

caem línguas e ouvidos mortos
sob o céu vazio e cinzento

devia dizer uma velha cantiga
judaico-germânica

marina c., aqui vai tudo na mesma
nas esquinas, porões, grades

dentro da concha, o mar
na semente, uma floresta

as asas dos insetos se debatem
em palmas ao sem-fim

nós, em meio aos escombros e afetos
pegamos vassouras, vasilhas, tetos

nos habitam lídices, drésdens
do caos, imensas catedrais.

2 comentários:

  1. claudio, obrigada!

    por favor, conserta pra mim a palavra "afeto", deve estar no plural, rsrs...

    um beijo e até... jajá!!! :D

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  2. muito bom! de um extremo à outro, horror, beleza, contingentes, solidão: "nós, em meio aos escombros e afetos".

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