A cantora Daniela Mercury tem um show agendado para o dia 15 de maio no White City Music Festival de Telavive, em Israel.
A campanha para o boicote acadêmico e cultural contra o regime sionista (PACBI) apela à artista para que ela não cante em Israel, juntando-se assim a muitos artistas internacionais que não querem ser cúmplices da política de ocupação da Palestina.
Nós também podemos contribuir para mais uma vitória da campanha BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções) pelo isolamento de Israel e o fim do regime segregacionista.
Ela funcionou na África do Sul e pode funcionar em Israel.
Escrevam para Daniela Mercury, solicitando a ela que cancele o show em protesto contra as atrocidades sionistas. Enviem junto algum link sobre as violações de direitos humanos em Israel.
Contatos da Daniela Mercury: Rua São Paulo, 325 / Bairro: Pituba, Salvador - Bahia
Tel: (71) 2109-5555
Assessoria:
fabiana@cantodacidade.com.
Israel não é uma democracia, uma vez que o conceito de cidadania se confunde com a confissão religiosa e origem étnica. É um estado racista, cujas leis, sistema judiciário, de segurança e prisional obedecem a critérios étnicos. Os árabes e os judeus não têm os mesmos direitos, e a população palestina é segregada nos territórios de Gaza e Cisjordânia, que são como os antigos bantustões da África do Sul (grande amigo de Israel, aliás, na época do apartheid). Casas de palestinos são demolidas para dar origem a assentamentos de judeus vindos da Europa, mulheres e crianças são alvo constante de violências. Cerca de 5 mil palestinos são presos políticos em Israel, incluindo crianças, que sofrem torturas e todo tipo de maus-tratos (por exemplo, no campo de concentração isarelense de ANSAR III).
ResponderExcluirQuando a ONU realizou a partilha da Palestina, em 1947, criou dois estados, um árabe, outro judeu. Porém, os sionistas não aceitaram essa divisão, invadiram as aldeias árabes, aterrorizando e matando seus habitantes (como na aldeia de Deir Yassim, onde os sionistas massacraram a população) e anexaram a parte árabe, levando à NAKBA, ou êxodo de 500 mil palestinos para outros países. Hoje, 4,5 milhões de palestinos vivem no exterior, proibidos pelo regime sionista de voltarem a suas casas e lares, O que Israel fez foi uma 'limpeza étnica' só comparável às realizadas por seus mestres espirituais, os nazistas. Eles aprenderam a lição direitinho.
Acho que ela gosta de lá.
ExcluirDaniela Mercury - Show in Tel Aviv
11/07/2007
Olá turma, Saí de Salvador no dia 07 direto para Frankfurt, uma viagem longa (10 horas)... São 5 horas de fuso horário, o corpo acha que são 4 da manhã, mas a cidade inteira já trabalha a mil por hora. De Frankfurt segui para Israel. Cheguei em TelAviv (6 horas de fuso) no dia 08, havia uma super recepção esperando por mim no aeroporto, todos foram muito carinhosos! Na chegada ao hotel, novamente fui carinhosamente recepcionada, senti-me acolhida pelo povo de Israel. Estive lá em 2003 e já sabia dessa forma doce e calorosa com que o povo recebe... É realmente especial! No dia 09, concedi entrevistas para TVs e rádios e houve uma agradável recepção na casa do Embaixador, Pedro Motta Pinho Coelho e sua esposa Moira. Lá, fiz uma entrevista para a rádio do exército. Também neste mesmo dia, conheci um garoto de 13 anos muito talentoso, chamado Elian, filho de mãe brasileira e pai israelense. Os pais dele me contaram que se conheceram há 15 anos e que a música “O Canto da Cidade” acabou virando o tema deles durante anos... A grande coincidência é que 13 anos depois, Elian ganhou um concurso de canto, cantando essa canção e “Meninos do Pelô”. Dia 10, dia do show... Fui para a passagem de som e depois corri para o hotel, tive pouquíssimo tempo para me preparar: roupa, repertório... Saímos às 19h20 para um show que começaria às 20h45. Meus pais estavam comigo, foram também para conhecer este país que é belíssimo! O show foi lindo, uma energia incrível! Elian cantou comigo e ainda me ajudou traduzindo para a platéia israelense algumas mensagens que eu ia dizendo. Obrigada Israel por me receber sempre dessa forma tão carinhosa e obrigada especial aos fãs que estavam sempre me acompanhando durante esses 4 dias
Já que Daniela gostou tanto de Israel, sugiro que ela visite também a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, e converse com a população palestina... para estar ciente do uso de bombas de fragmentação e de fósforo branco pela Força Aérea Israelense contra áreas civis, matando e mutilando centenas de mulheres e crianças... ela poderia também conversar com palestinos idosos, que se lembram de quando foram expulsos de suas casas e terras, na operação de limpeza étnica conhecida como NAKBA ("catástrofe", em árabe)... ela estaria ciente, assim, da destruição de centenas de aldeias palestinas, como Deir Yassin e Khan Younis, para que fossem construídas cidades israelenses no lugar, habitadas por imigrantes EUROPEUS, estranhos à região... ela também poderia conversar com os palestinos que vivem hoje no exílio (são em torno de 4,5 milhões), proibidos de voltarem a suas casas e terras... quem sabe assim ela terá uma noção mais exata do lugar onde está pisando... e não poderá dizer, ingenuamente: "Eu não sabia desse genocídio!".
ResponderExcluirA situação das crianças palestinas nos territórios ocupados por Israel é assustadora. Segundo relatório divulgado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha, cerca de 700 crianças são detidas todos os anos, para interrogatórios ou confinamento. As prisões em geral são feitas de noite ou de madrugada, num clima de terrorismo que inclui quebrar portas ou disparar balas para o alto, aterrorizando as crianças e suas famílias. Há registros de ocorrências de tais atos de violência em Al-aroub Camp, Bit-rima, aldeia perto de Ramallah City, Bit Ummar aldeia, Nabi Saleh, e em outras comunidades palestinas. Cerca de 35% das crianças palestinas detidas são submetidas a assédio sexual de vários tipos. A associação Alsajeen gravou depoimentos de crianças vítimas de assédio sexual, inclusive ameaças de estupro. Os maus-tratos incluem ainda espancamentos, humilhação verbal e várias formas de violência que atingiram 80% das crianças detidas, segundo o B'Tselem, Centro de Informação Israelense para os Direitos Humanos. Esta entidade aponta ainda a prática de tortura física e psicológica nos menores, como a privação do sono, golpes nas mãos, obrigar as crianças a ouvirem música em volume altíssimo, mantê-las por várias horas sentadas em pequenas cadeiras, confinamento em celas escuras, ameaça de demolição de suas casas e até o aprisionamento de seus familiares.
ResponderExcluirConforme o Centro de Estudos Políticos e de Desenvolvimento de Gaza, as crianças palestinas são interrogadas pela polícia sem a presença de um advogado, sem autorização legal e a maioria das confissões são apresentadas ao procurador-geral militar em até 48 horas após serem recodificadas pela polícia. O testemunho de um soldado israelense pode ser usado para comprovar as acusações, resultando em sentenças de seis meses a um ano para os acusados.
As crianças detidas nas prisões israelenses são proibidas de receber material didático ou qualquer tipo de obra educacional, especialmente nas prisões de Ofer e Majido, e são impedidas de brincar. Elas não recebem visitas de pediatra, contando apenas com o apoio de uma enfermeira. As crianças que sofrem distúrbios psicológicos não recebem qualquer tipo de assistência. Em compensação, o sistema penitenciário israelense permite o acesso a cigarros e material pornográfico, com o objetivo de matar a infância.
A Faixa de Gaza é um território com 40km de comprimento e 12km de largura, “um dos lugares mais densamente povoados do planeta”, escreve Joe Sacco no livro Notas sobre Gaza, uma reportagem elaborada na forma de uma história em quadrinhos de 400 páginas, elaborada a partir de entrevistas com centenas de moradores da região. “Entre 2002 e 2003, quando passei por lá, 1 milhão e 300 mil palestinos ocupavam cerca de 70% de seu território. O restante estava sob domínio de 7.500 colonos judeus, que estabeleceram seus enclaves depois que Israel invadiu Gaza, em 1967, e dos soldados que os protegem. A taxa de desemprego entre os palestinos era de 50%. O percentual de pessoas abaixo da linha da pobreza – que vivem com menos de dois dólares por dia – chegava a 70%. Cerca de dois terços eram refugiados registrados, os refugos da guerra de 1948. Todos os acessos a Gaza, tanto para palestinos como para estrangeiros, eram vigiados e rigidamente controlados pelos israelenses. A disposição dos assentamentos e de suas estradas, além dos postos de verificação, permitiam aos israelenses separar facilmente uma parte de Gaza da outra.” Em 2005, Israel tomou uma “iniciativa unilateral (...) de remover os assentamentos judeus existentes em Gaza, deixando aquela estreita porção de terra totalmente à disposição dos palestinos. No entanto, Israel não abriu mão do controle do espaço aéreo e marítimo de Gaza, nem de suas fronteiras terrestres, com exceção de um ponto de passagem. (Esse ponto de passagem é o Terminal de Rafah, na fronteira com o Egito, que dificultava terrivelmente o processo de entrada e saída de Gaza.) Na verdade, a Faixa de Gaza, um lugar miserável e superpovoado, nunca se livrou do bloqueio israelense ou da ameaça de ataques e retaliações por parte das Forças de Defesa de Israel – FDI --, como se comprovou no final de 2008 e no início de 2009. (...) Quando o grupo islâmico Hamas assumiu o poder sobre a região, que detém até hoje”, os israelenses “apertaram ainda mais o cerco. (...) Com a ascensão do Hamas, Israel declarou a Faixa de Gaza uma ‘entidade inimiga’. No momento em que escrevo estas linhas, há um bloqueio quase completo a Gaza, com apoio dos Estados Unidos e da União Europeia”, escreve Joe Sacco. Com o toque de recolher imposto por Israel aos palestinos que habitam a Faixa de Gaza, eles são proibidos de saírem de suas casas entre as 20h e as 04h da manhã. Este é um brevíssimo resumo da história de uma das regiões mais miseráveis e conflagradas do planeta, que Joe Sacco, com o talento incomum de repórter e quadrinhista, transformou numa obra de referência sobre a história contemporânea da Palestina, e também num clássico das histórias em quadrinhos.
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