De meus dedos, um pedaço de pedra,
o calor da terra
aquecendo o pensamento —
uma drágea escondida na lua
ruminando o travo,
o encordoamento da lua na cabeceira do quarto
um quadro de lembranças,
as palavras mordem
o pequeno poema coagulando,
endurecendo as orquídeas de pedra
como soprar as velas dos barcos
sobre um bolo celeste —
o chão feito de sal;
a fertilidade pálida da lavoura
a indecência da aurora
com suas aves feitas de lama
e suas crias cobertas com desejo,
asco
e a fatia mínima do inconsciente —
o tremor dos dedos
incorrendo sobre os portões dos lábios,
sobre o alfabeto incapaz do pensamento
sábado, 2 de maio de 2009
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interessante seu blog.
ResponderExcluirum tremor na crina
ResponderExcluireriçado, arriscado movimento
cena-dupla-sina
serrado corte na superfície do calor
calar entre a distância da mão
e de casa(mãos fechadas)
afonso alves