quinta-feira, 14 de maio de 2009

RESUMO DE TUDO

Caros, estou vivendo no olho do furacão.

Vou lançar dois livros em junho: Fera Bifronte (prêmio Funarte, 2008), pela editora Lumme, e Letra Negra, pela Arqueria.

Na mesma época, sairão três novos títulos da coleção Caixa Preta, que organizo para a Lumme: Trânsitos, de Virna Teixeira, Fronteiras da Pele, de Ana Maria Ramiro, e Prática do Azul, de Jorge Lúcio de Campos.

Sou curador do evento Artimanhas Poéticas, que acontecerá também em junho, no Rio de Janeiro, no Real Gabinete Português de Leitura, com a participação de 25 poetas e críticos, incluindo dois convidados internacionais: Richard Price e Luís Serguilha.

Ufa!!!

Também estou coordenando o Laboratório de Criação Poética, curso dividido em vários módulos que já tem 20 alunos inscritos. Logo será preciso criar novas turmas.

Traduzo poemas de José Kozer, para a edição brasileira do livro Atividade do Azougue, além do Poeta em Nova York, de Garcia Lorca.

Em breve, preciso começar a editar as matérias da edição de agosto da Zunái.

Isto sem falar da defesa de minha dissertação de mestrado, na USP, da prática regular da Espada de Tai Chi e Aikidô, da atenção que preciso dar a Regina, Iúri, ao gato Tom, ao peixe Cicatriz e os vários imprevistos que surgem ao longo da jornada.

E sem falar da sobrevivência, cada vez mais difícil, sem um emprego fixo há cinco meses. A situação começa ficar punk, com poucas atividades remuneradas, e mal remuneradas.

Apesar de tudo, a sensação de liberdade não tem preço.

A coerência comigo mesmo também.

Há quem prefira vender a alma por um prato de lentilhas. Puxar o saco de políticos. Vender mentiras em escritórios de publicidade. Trocar os princípios éticos e estéticos por um sucessozinho qualquer.

Ser capacho dos pequenos ditadores que falam mas não ouvem.

Eu prefiro andar de cabeça erguida.

Prefiro assim: enfrentar as tempestades com delicadeza e paz de espírito. Leve, rápido e preciso como a lâmina de uma espada samurai.

Besos,

CD

6 comentários:

  1. Hilton Valeriano14.5.09

    Pouco são aqueles que prezam pela própria coerência. Em um mundo cada vez mais caótico e utilitarista, ser livre não é apenas questão de consciência. Parabéns. Atitudes como a sua demonstram que ainda existe autenticidade de vida. Um abraço amigo.

    Hilton Valeriano

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  2. Meus cumprimentos: ao poeta e à pessoa. Sucesso para os "dois"!
    Um abraço
    Nydia

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  3. ficarão boas estórias pra contar. nada vale mais do que um bonita coleção de estórias. coerente, ainda que desvairada.

    e pra minha coleção, quem sabe eu pego a próxima turma do laboratório de criação...

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  4. Anônimo15.5.09

    Caros, agradeço pelos comentários. Mariana, estou montando uma classe para junho; se você tiver interesse, escreva para mim, ok?

    Beso,

    CD

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  5. "Empregar todo o nosso desejo, todo o nosso esforço, toda a nossa inteligência para implantar, ou contribuir para implantar, uma ficção social em vez de outra é um absurdo, quando não seja mesmo um crime, porque é fazer uma perturbação social com o fim expresso de deixar tudo na mesma. Se achamos injustas as ficções sociais, porque esmagam e oprimem o que é natural no homem, para que empregar o nosso esforço em substituir-lhes outras ficções, se o podemos empregar para as destruir todas?"

    Fernando Pessoa

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    um beijo da
    ÉLIDA ;-)

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  6. Manda bronca, irmão das letras!!!

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