quinta-feira, 8 de novembro de 2012

GALERIA: ANDRÉIA CARVALHO



Andréia Carvalho é poeta curitibana. Escreve o blog O hábito escarlate. Tem poemas publicados nas revistas eletrônicas Zunái, Germina e Eutomia e na revista impressa Polichinello. Seu primeiro livro, A Cortesã do Infinito Transparente, saiu pela Lumme, na coleção Caixa Preta, em 2011, e foi lançado no evento literário ZOONA, em Curitiba. A poesia de Andréia Carvalho é herdeira do simbolismo de Rimbaud e Mallarmé, no uso de palavras raras, de sinestesias, jogos enigmáticos e construções metafóricas que subvertem a representação linear daquilo que supomos ser a realidade. É uma poesia que cria outras realidades, que se manifestam na própria experiência estética. Sua sensibilidade musical, porém, está atenta à aspereza e ao ruído, à desagregação de uma harmonia que não encontra eco na era da total dissonância. Ela cria estranhas partituras, que rasgam o tecido da conformidade, com linhas como estas: “moira cataléptica, zigoto de vestal”, “fecha o ecrã / e segue muezzin a ordem de abraxás”, “cismo do decaído / não te canses do ofício / de salgar a minha boca criptogâmiga”.  É uma poética da deformação e da teratologia, onde podemos enxergar, talvez, vestígios de nossos próprios rostos.

2 comentários:

  1. Anônimo8.11.12

    Minha amiga e poeta preferida! Muito bem! Adriana

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  2. Anônimo12.11.12

    Sem dúvida, Andréia é a única que me diz algo de novo. "A Cortesã do Infinito Transparente" é para mim um dos melhores livros dos últimos tempos. Tem de ser muito aplaudida, aliás, em pé.

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