"Um novo relatório oficial sobre a ditadura de Augusto Pinochet, o terceiro em 20 anos de democracia, eleva para mais de 40 mil as vítimas desse regime
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O documento entregue nesta quinta-feira pela Comissão Valech, que atualiza outro relatório feito em 2004, acrescentou 9.800 novas vítimas de torturas e prisão política, que se somam às 27.255 reportadas inicialmente, e 30 novos casos de desaparecidos e executados, que se acrescentam aos 3.195 certificados oficialmente até agora.
Desta forma, o total de vítimas oficiais entre executados, desaparecidos e torturados durante os 17 anos que durou a ditadura de Pinochet (1973-1990) subiu para 40.280, apesar de entre os grupos de vítimas se estimar que a cifra possa superar os 100.000.
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Não há dúvida de que isso é um novo passo na abordagem, nas políticas públicas que o Estado do Chile teve em relação às violações aos direitos humanos no tempo da ditadura", disse María Luisa Sepúlveda, presidente da comissão, depois de entregar o relatório ao presidente Sebastián Piñera.
A comissão reabriu seu trabalho por 18 meses e recebeu no total o depoimento de mais de 32 mil pessoas, mas a maioria destas ficou de fora do relatório após terem sido feitas as verificações ou porque não estavam dentro dos parâmetros definidos para a qualificação de vítimas.
"Há pessoas como os filhos de vítimas que sofreram invasões de domicílio violentas, onde seus pais foram vítimas de prisão e às vezes de execução, que não estão dentro do mandato porque não foram vítimas diretas", explicou Sepúlveda.
"Há outros casos que estavam fora de mandato porque não se pôde provar a motivação política dos casos ou por falta de antecedentes", completou.
"São altamente preocupantes os critérios usados para qualificar as novas vítimas. Pelo nível de repressão que houve nos 17 anos de ditadura e o número de denúncias, o número de vítimas pode passar dos 100 mil", disse à AFP Lorena Pizarro, presidente do Grupo de Familiares de Detidos Desaparecidos (AFDD).
(A matéria está publicada na íntegra na página http://g1.globo.com/mundo/noticia/2011/08/novo-relatorio-sobe-para-mais-de-40000-as-vitimas-da-ditadura-de-pinochet.html)
Em tempo: se vocês pesquisarem no Google "mortos e desaparecidos no Chile", encontrarão poucos links sobre o tema, mas numerosos blogues da extrema-direita que minimizam o genocídio praticado no Chile durante a ditadura de Pinochet, comparando este regime com o de Fidel Castro, em Cuba (que chegou ao poder num movimento revolucionário apoiado pelo povo cubano, e não por um golpe militar planejado nos Estados Unidos). Vamos mudar as estatísticas no Google? Se você está de acordo, por favor, copie este post e cole em seu blog.
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