sábado, 27 de agosto de 2011

ESQUELETOS DO NUNCA (II)

PESSANHA (I)

Releio Clepsidra. “Oh cores virtuais que jazeis subterrâneas”. Sem ópio ou cápsula para abolir a percepção do tempo. “Fulgurações azuis, vermelhas, de hemoptise”. Numa autópsia de mim, mapas aloprados que não conduzem a parte alguma.

(Aqui, 2011)


PESSANHA (II)

“Abortos que pendeis as frontes de cidra”. Formigas saem de meu olho esquerdo. Penso num verso com esquifes e sequóias. A página em branco rasura minha completa falta de imaginação.

(Ali, 2011)


AUTORRETRATO

Funambuslesco, funâmbulo, volantim, burlantim, volteador, aramista, equilibrista, fazedor de bicos.

(Toujours, all the time)


VISION OF PARADISE

Botas de cano longo. Meias de seda preta. Saia curta xadrez. Trança marrom jogada para um lado.

(MASP, s/d.)


VISION OF HELL

Botas de cano longo. Suspensórios. Cabeça raspada. Cruz de ferro tatuada no braço. Longo mergulho até espaço prisional.

(MASP, s/d.)

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