UMA CHAMA
QUE COMEÇA NO PUNHO[1]
(Poema para celebrar a vitória de Dilma)
I
estupor,
algo que cresce
por dentro
do punho
até as estrelas;
tinge o céu
noturno
de vermelho,
cor-
tumultuária
ou facho
de luz
com seu dialeto
açafrão,
com sua astúcia
de minério
e de flor.
II
música estranha
que invade
os ossos
e a pele,
se espraia
da nuca
aos tornozelos
COM
A MAIS TONITRUANTE EUFORIA,
de fogo-fátuo
ou íbis
totêmico,
amor amarelo
ou explosão
do sol.
Claudio Daniel
Inesquecível poema Claudio
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