domingo, 30 de março de 2014

POEMAS DE ADALBERTO DE OLIVEIRA SOUZA


QUASE SEMPRE

rematando calúnias e possibilidades


dela não se sabe o vil calendário


que a move


avidamente


METAMORFOSES


Muito escapa.



Pouco se livra.



Muito subtrai-se.



Tudo se esvai.


AGORA

Um zumbido estridente chegou a uma distância
considerável.



VEJO AS PAISAGENS

e, no entanto,
não é do mesmo modo
que acontece.


FATO

De qualquer forma,
sabe-se do ocorrido,
pode-se opinar ou
não.


MEUS OUVIDOS AINDA CHEIOS DE SUA VOZ

Em companhia, a alegria cinzenta do rosto.


A eterna presença sem enigma.


 (Poemas do livro Corrosão. São Paulo: Maçã de vidro edições, 2014)

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