brutais em seu escárnio
(como se estivessem possuídos,
ela disse, entorpecidos de tanta aspereza)
espancam jovens rebelados,
na hora sanguínea do motim.
nas ruas
entulhadas de carcaças,
vidro moído, pneus incendiados,
avançam mares ruidosos
(reverberantes, insubmissos)
que se desdobram em outros mais,
delicados e primitivos como
flores;
avançam multiplicados, inebriados,
em meio a espirais luminosas
e linhas tumultuadas nas ruas,
que se retorcem, reconfiguradas
em outra possível primavera.
São Paulo, 16
de junho de 2013
"Avançam mares ruidosos", o movimento do poema, as rebentações e reconfigurações da primavera. Como gostei, Claudio. Que beleza :)
ResponderExcluirMar