Para iniciar uma lua pelos filamentos, em articulações
de répteis.
Obliterar os arredores
ao esquadrinhar a pele.
Descrever
joelhos como náutilos,
seios como escabelos,
esse é o meu hibridismo,
minha fome vertebrada.
Acontece que
a expansão do branco
bifurca-se, espraia-se
esqualidamente
do lábio ao umbigo,
em simulado rapto.
Ame o mapa de meu rosto,
sua caligrafia de incinerações.
2005
(Poema do livro Fera Bifronte)
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
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