Perplexidade, raios de um sol
que redesenha seu centro;
essa matéria tão delicada,
ferozes epitélios da flor;
deslizando das pupilas,
revoluta, para outro mar,
após tingir o flanco da noite.
Fosse apenas o perambular
em outra relva, seria tema
de chanson; dissociada de mim,
reclinada em lua minguante,
seria musa de retrato fauvista,
excedendo o rubro tigrino.
De todo modo, um dia vou
felinizá-la em partitura.
2006
(Poema do livro Fera Bifronte)
terça-feira, 15 de fevereiro de 2011
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Lindo!
ResponderExcluirAbraço!
Lara, obrigado!
ResponderExcluirBeso,
Cld.