sábado, 2 de novembro de 2013

O QUE É ISSO, FERNANDA TORRES?



Fernanda Torres é uma boa atriz de teatro e cinema (adoro sua interpretação no filme "Terra Estrangeira"), mas, intelectualmente, deixa muito a desejar. Em artigo publicado em 01/11 na FALHA de S. Paulo, ela escreve a seguinte pérola: "A liberdade de expressão está sob ameaça em muitos países latino-americanos. No Brasil, a imprensa se mantém alerta para qualquer movimento que interfira em direitos conquistados". Para que puxar o saco da família Frias, Fernanda? Pergunte a qualquer jornalista da FALHA se ele tem liberdade de expressar o que realmente pensa no jornaleco que apoiou a ditadura militar. Mais adiante, a cabeça-de-vento escreve: "Sou a favor da liberação" (ou seja, contra a regulamentação da mídia). "O 'sem fins lucrativos' beneficia a internet e a versão chapa-branca da história; a informação duvidosa, sem fontes confiáveis". 1) a qual "liberdade" ela se refere? A "liberdade" de 4 ou 5 famílias monopolizarem a informação no país? 2) Por que tanto medo da internet? Porque nela não existe apenas o "pensamento único" neoliberal-tucano que rege toda a mídia brasileira? Essa é a ideia de democracia da mocinha? 3) "Sem fins lucrativos" deve se referir -- presumo -- aos blogues e sites independentes, que veiculam a outra versão dos fatos. Por acaso as fontes citadas no Portal Vermelho, por exemplo -- agências de notícias internacionais independentes do Império e veículos como a Telesur, Cubadebate, A voz da Rússia e a Prensa Latina -- seriam "menos confiáveis" que as agências norte-americanas que alimentam a FALHA? Por qual motivo? Porque não reproduzem a versão do Império? A regulamentação da mídia não significa restringir a liberdade de imprensa -- que já é mínima, sob o controle autoritário de 4 ou 5 famílias -- mas, ao contrário, visa combater a monopolização da informação e ampliar a liberdade, com mais rádios e tevês comunitárias, por exemplo. O Brasil, nesses dez anos de governos progressistas, avançou pouco ou nada nesse terreno, e cabe aos ativistas políticos, artistas e intelectuais não vendidos ao sistema cobrarem de Dilma a implementação de uma Lei de Mídia.

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