sábado, 21 de janeiro de 2012

O IMPERIALISMO, FASE SUPERIOR DO CAPITALISMO


















“Se tivéssemos de definir o imperialismo da forma mais breve possível, diríamos que ele é a fase monopolista do capitalismo. Esta definição englobaria o essencial, porque, por um lado, o capital financeiro é o resultado da fusão do capital de alguns grandes bancos monopolistas com o capital de grupos monopolistas de industriais; e, por outro lado, porque a partilha do mundo é a transição da política colonial que se estende sem obstáculos às regiões ainda não apropriadas por qualquer potência capitalista, para a política colonial da posse monopolizada de territórios de um globo inteiramente partilhado.”


“Devemos dar uma definição do imperialismo que englobe os seguintes cinco caracteres fundamentais:

1) concentração da produção e do capital atingindo um grau de desenvolvimento tão elevado que origina os monopólios cujo papel é decisivo na vida econômica;

2) fusão do capital bancário e do capital industrial, e criação, com base nesse ‘capital financeiro’, de uma oligarquia financeira;

3) diferentemente da exportação de mercadorias, a exportação de capitais assume uma importância muito particular;

4) formação de uniões internacionais monopolistas de capitalistas que partilham o mundo entre si;

5) termo da partilha territorial do globo entre as maiores potências capitalistas.”


“O imperialismo é o capitalismo chegado a uma fase de desenvolvimento onde se afirma a dominação dos monopólios e do capital financeiro, onde a exportação de capitais adquiriu uma importância de primeiro plano, onde começou a partilha do mundo entre os trustes internacionais e onde se pôs termo à partilha de todo o território do globo entre as maiores potências capitalistas.”

(Lênin, no livro O Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo)

Um comentário:

  1. “O imperialismo é o capitalismo monopolista. (...) O monopólio nasceu da concentração da produção, tendo ela atingido um elevado grau de desenvolvimento. Surgem então grupos monopolistas de capitalistas – os cartéis, os sindicatos patronais, os trustes. (...) Os monopólios conduzem ao controle cada vez maior das principais fontes de matérias-primas sobretudo na indústria fundamental e mais cartelizada da sociedade capitalista: a da hulha e do ferro. (...) Os monopólios desenvolveram-se através dos bancos. Em tempos, modestos intermediários, detêm hoje o monopólio do capital financeiro. Em qualquer que seja dos países capitalistas mais evoluídos, três a cinco bancos alcançaram a ‘união pessoal’ do capital industrial e do capital bancário, e concentraram nas suas mãos bilhões e bilhões que representam a maior parte dos capitais e dos rendimentos em dinheiro de todo o país. Uma oligarquia financeira que, sem exceção, envolve, numa apertada rede de relações de dependência, todas as instituições econômicas e políticas da sociedade burguesa dos nossos dias; tal é a manifestação mais saliente deste monopólio. ”


    “O que caracteriza particularmente o capitalismo atual é o domínio dos grupos monopolistas constituídos por grandes empresários. Estes monopólios tornam-se sólidos sobretudo quando reúnem apenas em suas mãos todas as fontes de matérias-primas e nós vimos com que ardor os grupos monopolistas internacionais dirigem os seus esforços no sentido de arrancarem ao adversário toda a possibilidade de concorrência, de se apoderarem, por exemplo, das jazidas de ferro ou de petróleo etc. Somente a posse de colônias dá ao monopólio completas garantias de sucesso face a todas as eventualidades da luta contra os seus rivais, mesmo na hipótese de estes últimos ousarem defender-se com uma lei que estabeleça o monopólio de Estado. Quanto mais o capitalismo se desenvolve, mais se faz sentir a falta de matérias-primas, mais dura se torna a concorrência e a procura de fontes de matérias-primas no mundo inteiro e mais brutal é a luta pela posse de colônias.”

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