A tortuosidade da cobra
é reta para a sua cova.
A tortuosidade do rio
é reta para o mar.
A tortuosidade do servidor do Senhor
é reta bastante para o meu Senhor.
* * *
Não entendo nada de acentos e metrificações
nem da aritmética das cordas e tambores
e não distingo um iambo de um dátilo.
Como nada o ofende
canto como gosto
Meu Senhor dos Rios Que Se Encontram.
* * *
Bebo a água que lavou seus pés
Como os restos da oferenda
Digo que tudo é Seu
Bens vida honra
Você é como a puta
que arranca até o último tostão
a que tem direito
e não aceita conversa
ou desculpa
como pagamento
Ó meu Senhor dos Rios Que Se Encontram.
(Poemas shivaítas do século XI a. C.)
Tradução: Décio Pignatari (extraído do livro 31 Poetas, 214 Poemas, publicado pela Companhia das Letras, em 1996).
é reta para a sua cova.
A tortuosidade do rio
é reta para o mar.
A tortuosidade do servidor do Senhor
é reta bastante para o meu Senhor.
* * *
Não entendo nada de acentos e metrificações
nem da aritmética das cordas e tambores
e não distingo um iambo de um dátilo.
Como nada o ofende
canto como gosto
Meu Senhor dos Rios Que Se Encontram.
* * *
Bebo a água que lavou seus pés
Como os restos da oferenda
Digo que tudo é Seu
Bens vida honra
Você é como a puta
que arranca até o último tostão
a que tem direito
e não aceita conversa
ou desculpa
como pagamento
Ó meu Senhor dos Rios Que Se Encontram.
(Poemas shivaítas do século XI a. C.)
Tradução: Décio Pignatari (extraído do livro 31 Poetas, 214 Poemas, publicado pela Companhia das Letras, em 1996).
Belos esses poemas shivaitas!
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