domingo, 26 de junho de 2011
CANTIGA
Penso em você eroticamente.
Até a fabulação
de outra margem,
na estranha habitação onde os números,
pares e ímpares, enlouquecem.
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Um minúsculo leão branco habita a sua fenda.
***
A ferocidade
no limiar da noite,
quando a pele —
desmedida, irremissível,
se projeta em outra pele:
nenhum destino além do nervo tumultuário.
2011
(Poemas inéditos de Claudio Daniel)
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Otimo poema! Um abraço,
ResponderExcluirzeniteblog.zip.net
Teu atalho - ou devia dizer extravio em que caminhas - encarnando eros nos propõe que, devidamente, apreciemos a nudez que se insinua e que tumultua alegremente todo fim de qualquer dia cinza.
ResponderExcluirVejo muita alegria se manifestando na carne dos versos!
Forte abraço!
Wilson, o poeta é um fingidor, como dizia Pessoa...
ResponderExcluirCld, excelentes poemas! Parece que logo vem livro novo por aí ;) Parabéns!
ResponderExcluirAninha, grato, a sua opinião é importante pra mim, viu? Tem livro novo na gaveta, mas ainda vai demorar para sair...
ResponderExcluirBeso,
Cld.
Parabens pelo poema (sem acento no teclado, lan ficando louca). Sao poucos os poetas que conseguem mesclar erotismo e morte da forma como vejo aqui. Os numeros enlouquecem, nao se trata de amor... melhor, se trata de mais amor do que se pode aguentar (ate a aniquilacao: "ate a fabulacao / de outra margem".
ResponderExcluirOs reflexos dos versos seguintes - negro em negro?, nunca em nunca? - cegam: "nenhum destino alem do nervo tumultuario".
Desculpe se te cansei com minhas leituras! Fazia tempo que nao entrava aqui, sai lavada!
Lu
Lu, agradeço por teus comentários, é uma satisfação para mim ter leitores inteligentes como você!
ResponderExcluirBeso,
Cld.