segunda-feira, 14 de junho de 2010

O SAMURAI





“Aos treze anos, Miyamoto Musashi matou um adversário no que seria o primeiro de uma série de célebres combates de espada. Aos trinta, já tinha despachado mais de sessenta lutas sem perder nenhuma. Ele viveria outros trinta anos sem liquidar mais ninguém. Continuaria a participar de combates, mas agora simplesmente neutralizando os ataques dos adversários até eles reconhecerem suas habilidades nas mais diversas técnicas.

Musashi foi uma lenda em seu tempo. Ignorando as convenções, ele preferia uma espada de madeira e em seus anos de maturidade quase nunca lutou com uma arma autêntica. Era mestre em pegar seus oponentes no contrapé com recursos psicológicos exaustivamente estudados. No auge de seus poderes, começou a se preparar artística e espiritualmente, transformando-se num dos mais respeitados pintores a nanquim e notável praticante de caligrafia tradicional, da poesia e da cerimônia do chá. Ele orientava seus estudos tão arduamente conquistados sobre as artes combatentes para metas espirituais zen-budistas.”

(William Scott Wilson, in O Samurai — A Vida de Miyamoto Musashi. São Paulo: Estação Liberdade, 2004.)

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