sexta-feira, 4 de junho de 2010

CHARLES PERRONE ESCREVE SOBRE WILSON BUENO

Boleros Bares Mapas e Mares
Nestes mais de trinta anos de andanças pelos Brasis afora tenho conhecido muitas pessoas legais, criativas, ecumênicas, mas nenhuma que incorporasse tais qualidades admiráveis mais cabalmente que Wilson Bueno. Só uma vez tive o prazer de jantar com ele e conversar pessoalmente, porém, desde aquele tão agradável encontro o contato foi ininterrupto. No final dos anos 80 mandaram-me os números de Nicolau, merecidamente premiado periódico do Paraná bolado pelo Wilson. Maravilha da Ilha Brasil se des-insularizando via um Homem Bom. Devido a minha pesquisa de música e literatura, chamou-me a atenção o primeiro livro dele, Bolero’s Bar, aquele que Paulo Leminski apelidou de “contos-blues.” O titulo anglo-hispânico para um livro em português expressa o mesmo espírito interamericano do próprio nome do autor, English mais Español, mas com um jeito brasílico único e divertido. Acrescentar guarani, portunhol, brasiguayo e metalinguagem e brilha a obra novo-mundista Mar Paraguayo, jóia neobarroca que atrai olhares diversos do planeta. (...) Agora, resta-nos dedicar as nossas sessões à memória de uma das mais contundentes vozes das letras brasileiras dos últimos 30 anos. Pan-americano, Merco-sulista, paranaense, brasileiro com um coração maior que nenhum reduto e uma alma policontinental. Peace and Love. Paz y Amor. Paz e Amor. Later. Hasta. Até.

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