solitários, caminhamos em terra ignorada e idêntica,
espectros de nós mesmos.
há uma letra em cada unha,
mas nenhuma para traduzir estrela.
há uma lua em cada seio,
e um seio em cada palma
que aperta cicatrizes.
há uma cicatriz em cada imagem que não cala,
em cada memória que recusa o olvido.
porém, a delícia de caminharmos lado a lado,
sem destino, nessa terra ignorada e idêntica,
onde lagartos devoram cicatrizes.
e então, mais uma vez, você é para mim um anjo,
e eu a sua sombra.
(para Tiuíse, 2009)
terça-feira, 14 de abril de 2009
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Que belo poema, Claudio!
ResponderExcluirTão mais fácil caminhar em terra de lagartos, quando se tem um anjo por companhia...
Um abraço.
Nydia, grato pelo comentário! Tenho um anjo que me acompanha há 19 anos.
ResponderExcluirBeso,
CD
Sêo Moço, que coisa linda...
ResponderExcluirRèca é mesmo, moça de alumiar. Gosto muito desta guria...
Beijoprocês, Sônia.