Alto alto no cimo do monte
De todos os lados o ilimitado extremo
Sozinho medito sem ninguém saber
A lua solitária ilumina a fonte fria
No meio da fonte agora não há lua
A própria lua está no céu azul
Recito baixinho a melodia deste canto
Este canto finalmente não é zen
* * *
Vós olhais as flores no meio das folhas:
Quanto tempo de bom podem elas ter?
Hoje temem que alguém as colha
Amanhã aguardam que alguém as varra
Cativantes os entusiasmos do coração
Após vários anos envelhecem
Comparado com o mundo das flores
O fulgor do vermelho como o conservar?
Traduções: Ana Hatherly
(Do livro O vagabundo do dharma: 25 poemas de Han-Shan. Lisboa: Cavalo de Ferro, 2003. Caligrafias de Li Kwok-Wing. Tradução direta do chinês por Jacques Pimpaneau. Versões poéticas de Ana Hatherly.)
De todos os lados o ilimitado extremo
Sozinho medito sem ninguém saber
A lua solitária ilumina a fonte fria
No meio da fonte agora não há lua
A própria lua está no céu azul
Recito baixinho a melodia deste canto
Este canto finalmente não é zen
* * *
Vós olhais as flores no meio das folhas:
Quanto tempo de bom podem elas ter?
Hoje temem que alguém as colha
Amanhã aguardam que alguém as varra
Cativantes os entusiasmos do coração
Após vários anos envelhecem
Comparado com o mundo das flores
O fulgor do vermelho como o conservar?
Traduções: Ana Hatherly
(Do livro O vagabundo do dharma: 25 poemas de Han-Shan. Lisboa: Cavalo de Ferro, 2003. Caligrafias de Li Kwok-Wing. Tradução direta do chinês por Jacques Pimpaneau. Versões poéticas de Ana Hatherly.)
Caros, recebi este livro belíssimo como presente de Natal de Ana Hatherly! Quem já leu Os vagabundos iluminados, de Jack Kerouac, deve se lembrar da referência ao poeta chinês Han-Shan, do século VII, traduzido por Gary Snyder. Ele foi, provavelmente, o primeiro poeta beat da história, percorrendo vales e montanhas buscando o sentido das coisas no contato direto com os fenômenos.
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